Meio Ambiente

Pinguim doa sangue para outro em reabilitação no ES; veja vídeo

Pinguim resgatado em Jacaraípe, na Serra, estava com anemia severa e corria risco de morte. Transfusão foi feita pelo Ipram-ES

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Foto: Reprodução/Instagram @ipram.es
Foto: Reprodução/Instagram @ipram.es

Dois pinguins resgatados e que estão em reabilitação no Espírito Santo passaram por uma transfusão de sangue na última semana. Um dos animais doou sangue ao outro, que havia sido resgatado em Jacaraípe, na Serra, com anemia severa e sob risco de morte.

Os pinguins de magalhães estão sob os cuidados do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos do Espírito Santo (Ipram-ES). Eles estão em um hospital de animais marinhos, resgatados no litoral capixaba, juntos com outros 10 pinguins.

Segundo a organização, um dos pacientes estava magro, apático, com severa anemia e em risco de óbito. Já o outro animal em reabilitação estava forte, em fase avançada de recuperação e em condições de fazer a doação de sangue. Foram 15 ml de sangue doados.

Segundo os biólogos do instituto, a transfusão de sangue entre pinguins não é muito comum, mas foi fundamental neste caso. Esse tipo de procedimento é realizado pela equipe cerca de uma vez por ano.

Isso foi feito no objetivo de mantê-lo vivo, porque as chances de ele sobreviver eram muito baixas. Não é um procedimento muito comum e frequente na clínica, a gente acaba fazendo uma vez por ano.

Diretor do Ipram-ES, Luiz Felipe Mayorga.

Para a transfusão, foi necessário um teste de compatibilidade sanguínea, que constatou que o pinguim apto para doar era compatível.

Após o procedimento, o pinguim que recebeu a doação está em recuperação. Ele vai ficar em observação e só será liberado para o mar após dois meses.

Veja o vídeo da transfusão

Pinguins de magalhães

Os pinguins de magalhães são comuns no Espírito Santo. Segundo Luis Felipe Mayorga, essa espécie não vem da Antártica, onde vivem os pinguins de gelo. Esses animais costumam vir da Argentina.

Eles vêm da Patagônia argentina. Embora lá seja mais frio do que aqui, é como se fosse o semiárido brasileiro, com formações arbustivas. Eles tomam muito sol e estão acostumados a uma variação de frio e calor, por isso conseguem se adaptar bem nas águas brasileiras

explicou o diretor do Ipram-ES.

Como de praxe, a ave marinha não ganhou apelido para não criar laços afetivos com a equipe, mas virou um xodó. Em média, de 50 a 400 pinguins são resgatados por ano no litoral capixaba.

O Ipram-ES resgata diversos animais que vivem nesse habitat. Em caso de encontrar algum animal marinho, a orientação é para que não se chegue perto e nem toque no animal.

Ligue para o 0800-991-4800, que é o telefone do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), que direcionará qual instituição fará o resgate.

*Com informações do repórter Lucas Pisa, da TV Vitória/Record

Enzo Bicalho, estagiário do Folha Vitória
Enzo Bicalho Assis*

Estagiário

Cursando Jornalismo na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Cursando Jornalismo na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).