Nessa edição do PodNatureza, conversei com duas pessoas que admiro muito e que têm feito diferença na forma como o Espírito Santo cuida de seus animais: o Vitor Ricciardi, coordenador do programa PET Vida, e a Thaís Volpi, gerente de biodiversidade da Secretaria de Meio Ambiente.
A conversa foi sobre biodiversidade, saúde única, áreas protegidas, cães, gatos e, principalmente, sobre gente. Gente que, todos os dias, dedica sua vida para garantir dignidade aos bichos. Porque é isso: quem move o bem-estar animal no Espírito Santo são os protetores.
Política construída a partir de quem cuida
O programa PET Vida nasceu da escuta de quem está na ponta: os protetores. Com apoio do governo do Estado e da equipe técnica da secretaria, a demanda virou política pública. E virou política boa: o primeiro programa fundo a fundo de bem-estar animal do Espírito Santo.
No início, 35 municípios aderiram. Hoje, já são 65… e contando! Isso quer dizer que cada vez mais cidades estão criando estruturas de cuidado, controle populacional e atendimento veterinário a cães e gatos. Melhor: 17 municípios criaram setores de bem-estar animal por causa do PET Vida.
Tudo isso graças a um modelo que exige organização local. Para receber os recursos do fundo estadual, as prefeituras precisam ter um fundo municipal ativo. Ou seja: o PET Vida ajuda a resolver a base do problema. E, com isso, quem ganha são os animais e quem cuida deles.
Política pública para quem faz acontecer
A gente fala muito de política pública, mas às vezes esquece de dizer uma coisa óbvia: quem faz o bem-estar animal no Espírito Santo são os protetores. São eles que resgatam, cuidam, alimentam, socorrem. E são eles que precisam ser reconhecidos, ouvidos, valorizados.
Durante o bate-papo, o Vitor contou que muitos municípios aderiram ao PET Vida por insistência dos próprios protetores. Tem caso de cidade onde a protetora foi bater na porta da prefeitura e só depois disso o município entrou no programa. Isso mostra o poder de mobilização dessas pessoas.
O recado é claro: quem move o bem-estar animal no Espírito Santo é o protetor. E a política pública precisa continuar vindo da ponta, de quem entende a realidade e vive isso no dia a dia.
PET Vida, saúde pública e biodiversidade
A beleza do PET Vida está também na sua complexidade. Não é apenas sobre cães e gatos. É sobre saúde pública, já que controlar zoonoses é fundamental. É sobre conservação, porque animais domésticos soltos em áreas protegidas causam desequilíbrios. É sobre ciência e sobre afeto. 🐶❤️🐱
O Espírito Santo mostra que é possível cuidar de todos os tipos de vida com responsabilidade, técnica e escuta ativa. O programa já inspirou até iniciativas federais, o que reforça sua importância e seu pioneirismo.
Que mais Estados aprendam com o nosso. Que mais políticas nasçam de quem sente na pele (e no coração!) a urgência de agir. E que nunca falte apoio a quem está na linha de frente: os protetores.
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