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Projeto Sururu: iniciativa inédita que une ciência e tradição no ES é inaugurada

Instituto Goiamum lança iniciativa pioneira que transforma descarte do marisco em solução agrícola, beneficiando mais de 50 marisqueiras da comunidade de Mangue Seco

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Inauguração Projeto Sururu. Fotos: Mateus Silva/ Instituto Marcos Daniel
Inauguração Projeto Sururu. Fotos: Mateus Silva/ Instituto Marcos Daniel

O Instituto Goiamum inaugurou oficialmente na quarta-feira (1º), em sua sede na Serra, as instalações do Projeto Sururu.

A iniciativa inédita no Espírito Santo conecta preservação ambiental, protagonismo feminino e agricultura sustentável, ao transformar o descarte das cascas do sururu, tradicional marisco dos manguezais, em corretivo de solo para a agricultura orgânica.

“Estamos escrevendo uma nova história para as marisqueiras do Espírito Santo. O Projeto Sururu mostra que é possível unir tradição, ciência e economia para regenerar a natureza e gerar renda para quem mais precisa”, destacou Wita Sassi, diretor do Instituto Goiamum.

O material, que antes era despejado nas margens do mangue, agora será recolhido, processado e reaproveitado.

Inauguração Projeto Sururu. Fotos: Mateus Silva/ Instituto Marcos Daniel
Inauguração Projeto Sururu. Fotos: Mateus Silva/ Instituto Marcos Daniel

Com isso, além de devolver nutrientes à natureza e contribuir para a regeneração dos ecossistemas costeiros, o projeto cria uma nova fonte de renda para mais de 50 mulheres da comunidade de Mangue Seco, em Porto Santana, Cariacica.

Embora seja a menor comunidade pesqueira do Espírito Santo, ela é responsável por cerca de 10 toneladas de cascas de marisco descartadas por mês – o que daria cerca de 120 toneladas ao ano.

Economia azul e impacto social

Com foco na economia azul, o Projeto Sururu fecha um ciclo produtivo que alia preservação ambiental, impacto social e fortalecimento da economia local.

Ao dar destino sustentável às cascas de marisco, a iniciativa garante renda extra às marisqueiras, valoriza a cultura tradicional da pesca e promove inovação a partir da ciência.

Crianças brincam sobre o monte de cascas de sururu em Porto Novo, Cariacica.
Cascas de sururu em Porto Novo, Cariacica. Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

O projeto conta com apoio do Fundo Estadual do Meio Ambiente (Fundema) e da equipe de pesquisa do Laboratório de Bioecologia Marinha da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), assegurando rigor técnico e ambiental no processamento.

Durante a inauguração, o evento reuniu autoridades municipais, representantes do Fundema, lideranças comunitárias e parceiros, reforçando o compromisso coletivo com a preservação dos manguezais capixabas.

Ibere Sassi, diretor-presidente do Instituto Goiamum, explicou os próximos passos.

“Estamos estabelecendo um manual para recolher as cascas das marisqueiras, em Cariacica. O objetivo é captar toda essa produção, processar e, através de uma startup, comercializar o sururu como corretivo agrícola para a agricultura orgânica”, finalizou.

Iberê Sassi, ambientalista e fundador do Instituto Goiamum.
Iberê Sassi, ambientalista e fundador do Instituto Goiamum. Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

Laís Magesky, editora de distribuição de redes sociais
Laís Magesky

Editora de Distribuição de Conteúdo

Formada em Jornalismo pela Faesa, atua como editora de distribuição de conteúdo e é responsável pelas redes sociais do Folha Vitória, conectando informação de qualidade ao público por meio das plataformas digitais. Apaixonada pela natureza, também se dedica à conservação da fauna brasileira e acredita no poder da comunicação para transformar realidades.

Formada em Jornalismo pela Faesa, atua como editora de distribuição de conteúdo e é responsável pelas redes sociais do Folha Vitória, conectando informação de qualidade ao público por meio das plataformas digitais. Apaixonada pela natureza, também se dedica à conservação da fauna brasileira e acredita no poder da comunicação para transformar realidades.