De volta ao mar, de volta à vida! Um grupo de pinguins-de-magalhães emocionou ao retornar ao habitat natural na manhã desta quarta-feira (1º), em alto-mar, partindo da Enseada do Suá, em Vitória.
A soltura foi realizada pela equipe do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram) e acompanhada por profissionais da Petrobras. As imagens são de Amanda Rodrigues, do instituto. Veja:
O vídeo mostra o momento em que as aves, em alto-mar, seguem novamente para o oceano depois de semanas de cuidados especializados. Para Luís Mayorga, diretor-presidente do IPRAM, a cena é símbolo de superação.
“Após enfrentarem tantos problemas no mar, muitos deles causados pelo ser humano, é recompensadora a oportunidade de lhes devolver à vida livre. Eu sinto o trabalho do IPRAM como uma espécie de pedido de desculpas aos pinguins, em nome da humanidade.”
Reabilitação e soltura
Os pinguins-de-magalhães foram resgatados em diferentes dias e locais no litoral do Espírito Santo. As aves são visitantes sazonais no litoral brasileiro e, frequentemente, acabam encalhando durante a migração.
Eles chegaram debilitados ao Espírito Santo e receberam acompanhamento veterinário para recuperação. O trabalho do Ipram inclui desde a avaliação clínica até o fortalecimento físico, garantindo que os animais estejam aptos a retomar a vida em seu habitat natural.
Pinguins-de-magalhães
Endêmicos da Patagônia Meridional, na América do Sul, os pinguins-de-magalhães são aves marinhas de médio porte, medindo entre 65 e 75 cm e pesando de 4,5 a 6 kg.
Possuem cabeça, pescoço e asas negras, além de uma faixa branca característica que contorna a cabeça e se une no pescoço. Alimentam-se de peixes, lulas, krill e outros crustáceos, caçando em pequenos bandos de 5 a 10 indivíduos.
Essas aves podem mergulhar até 90 metros de profundidade e muitas vezes pescam logo além ou dentro da arrebentação.
A soltura dos pinguins no Espírito Santo reforça a importância do trabalho de reabilitação do Ipram, que devolve ao mar animais impactados por fatores ambientais e pela atividade humana.
Quem encontrar um animal marinho encalhado, vivo ou morto, no Espírito Santo deve acionar o Programa de Monitoramento de Praias (PMP) pelo telefone 0800 991 4800.