Exército ucraniano

Capixaba de 29 anos morre durante combate na Guerra da Ucrânia

Bruno Fernandes era técnico de enfermagem e natural de Barra de São Francisco. Ele foi para a Ucrânia há quatro meses como voluntário

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Foto: Redes sociais/ Reprodução
Foto: Redes sociais/ Reprodução

Um capixaba, natural de Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo, foi morto nesta segunda-feira (1º) na Guerra da UcrâniaBruno de Paula Carvalho Fernandes, de 29 anos, era técnico de enfermagem e morava em Governador Valadares, Minas Gerais. Ele atuava como voluntário no exército ucraniano.

Bruno deixou a esposa, um filho de 5 anos e uma enteada de 6 anos. O conflito entre Ucrânia e Rússia começou no mês de fevereiro de 2022, quando tropas russas invadiram localidades próximas à capital Kiev.

Reprodução/Arquivo Pessoal

De acordo com informações da mãe de Bruno, Betânia Paulo da Silva, a confirmação da morte foi realizada por meio de uma mensagem do tradutor da equipe de voluntários, encaminhada para o celular da mulher de Bruno. Ele morreu com outros três combatentes.

Foto: Redes social/ Reprodução

Betânia relata que o filho foi para a Ucrânia há quatro meses após ser recrutado por um grupo para trabalhar como técnico de enfermagem, cuidando de soldados. A proposta chamou a atenção, mas a família foi contra a ideia da guerra.

Estavam recrutando pessoas para a guerra e ele falou que ia para cuidar dos soldados feridos. Eu disse para ele não ir, não concordamos, mas ele já tinha 29 anos. Até onde sei ele pediu dispensa dos dois vínculos empregatícios, ele tem uma enteada de 6 e um filho de 5 anos.

Betânia Paulo da Silva

Bruno já havia sido alvejado antes da morte, na parte da mão. Entretanto, foi operado e voltou para a cena do combate.

“Eles foram atacados, depois recebeu alta. Alguns dias depois ele havia sido recrutado para voltar. Mas ele estava tendo movimentos involuntários com a mão”, contou a mãe.

Foto: Acervo pessoal

Muito abalada, a mãe de Bruno narrou que aguarda informações oficiais e busca o traslado do corpo para o Brasil, a fim de realizar o sepultamento na cidade natal.

Reprodução/Redes Sociais

Estou tentado contato com alguém da embaixada para me ajudar. Eles me falam que preciso de um comunicado ucraniano, estamos tentando entrar em contato com a pessoa que falou com a minha nora. Eles dizem que vão mandar quando estiver pronta, mas quando é esse ‘quando?’. Não sei o que fazer.

Betânia Paulo da Silva

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que permanece à disposição para prestar a assistência consular devida.

“O atendimento consular prestado pelo estado brasileiro é feito a partir de contato do cidadão interessado ou, a depender do caso, de sua família”, explicou.

*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/ Record

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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