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"Compaixão própria dos discípulos de Cristo", diz bispo auxiliar de Vitória ao lamentar morte do papa Francisco

Bispo auxiliar ressalta simbolismo da morte do pontífice durante a Páscoa e afirma que Francisco deixa um legado de escuta, amor e verdade do evangelho

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“Compaixão própria dos discípulos de Cristo”, diz bispo auxiliar de Vitória ao lamentar morte do papa Francisco “Compaixão própria dos discípulos de Cristo”, diz bispo auxiliar de Vitória ao lamentar morte do papa Francisco “Compaixão própria dos discípulos de Cristo”, diz bispo auxiliar de Vitória ao lamentar morte do papa Francisco “Compaixão própria dos discípulos de Cristo”, diz bispo auxiliar de Vitória ao lamentar morte do papa Francisco
Papa Francisco Morreu (3)
Como vai ser o velório do papa Francisco Foto: Divulgação/ Vatican News

O papa Francisco morreu na madrugada desta segunda-feira (21), aos 88 anos, no Vaticano. De acordo com comunicado oficial da Santa Sé, o pontífice faleceu em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), seguido de coma e colapso cardiocirculatório irreversível.

Ao longo de 12 anos de pontificado, Jorge Mario Bergoglio marcou a história como o primeiro papa latino-americano, defensor incansável dos pobres, do meio ambiente e do diálogo entre os povos.

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Entre as manifestações de pesar, uma fala emocionada do bispo auxiliar, Dom Andherson Franklin Lustoza de Souza, da Arquidiocese de Vitória. Para ele, a morte do pontífice tem um simbolismo profundo, por acontecer justamente durante a celebração da Páscoa.

Hoje o papa Francisco faz sua passagem deste mundo para o Pai. É Páscoa para nós tanto quanto foi ontem, afirmou o bispo, referindo-se ao sentido de renovação e vida eterna celebrado pelos cristãos nesta época.

O religioso descreveu Francisco como um homem do evangelho, profundamente comprometido com a compaixão, a escuta e a verdade. Segundo ele, o papa soube traduzir a mensagem de Cristo para os desafios do século XXI, mantendo-se fiel às raízes do Concílio Vaticano II.

Todos nós, católicos ou não, cristãos ou não, reconhecemos nele um grande líder. Um líder moral, marcado pela verdade do evangelho, e deixa, obviamente, um testemunho enorme para todos nós de alguém que escutou, dialogou, conciliou e sobretudo anunciou a verdade do evangelho que é o amor, disse.

A atuação do pontífice também foi lembrada por sua luta por justiça social. Defensor da dignidade humana desde a concepção até a morte natural, ele pautou seu pontificado pela construção da “casa comum”, uma sociedade mais justa, com espaço para todos.

Diante do luto e da expectativa pela escolha do novo papa, o bispo demonstrou confiança na condução espiritual da Igreja.

Deus em sua sabedoria saberá ajudar os nossos amados cardeais, iluminados pelo Espírito Santo, dialogando com as realidades deste tempo e sobretudo da igreja a escolherem aquele que sucederá o papa Francisco, afirmou

O legado deixado por Francisco, feito de gestos simples, palavras firmes e escuta atenta, permanecerá como referência para fiéis do mundo inteiro. Um papa que, mesmo nos momentos de dor e crise, nunca deixou de anunciar o essencial: o amor.

Leiri Santana, repórter do Folha Vitória
Leiri Santana

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.