O cúpula do grupo terrorista Hamas declarou nesta quinta-feira (9) o fim da guerra com Israel e um cessar-fogo permanente. Segundo as informações do negociador-chefe do Hamas, Khalil al-Hayya, os Estados Unidos garantiram ao grupo o cumprimento das medidas acordadas.
Conforme o membro da alta cúpula do Hamas, os trabalhos para que o povo palestino tenha seus interesses atendidos não acabaram. Ele também acusou Israel de frustrar acordos de paz anteriores e de perpetrar um massacre na Faixa de Gaza.
Segundo al Hayya, o grupo tentou diversas negociações indiretas com israel e fez esforços para deter a agressão e encerrar a guerra.
O acordo de cessar-fogo entre o governo de Israel e o Hamas foi anunciado pelo presidente americano, Donald Trump, na quarta-feira (8). Após o anúncio do plano, israelenses e palestinos celebraram nas ruas.
A negociação prevê a libertação dos cerca de 20 reféns ainda vivos em poder do Hamas em troca de prisioneiros palestinos, além da retirada parcial do Exército israelense do território de Gaza.
Com o cessar-fogo, a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza deve aumentar sensivelmente.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu o acordo como “um ponto de virada crucial”, bem como “um sucesso diplomático e uma vitória nacional e moral” para Israel.
Ele também agradeceu ao presidente Trump por “seu compromisso inabalável com a segurança de Israel e a liberdade de nossos reféns”.
O grupo que reúne a família dos reféns celebrou o cessar-fogo e disse que não descansará até que o último deles esteja em casa.
Gabinete de segurança de Israel vota cessar-fogo
Hamas e Israel concordaram com um cessar-fogo costurado pelos Estados Unidos, mas os termos ainda precisam ser aprovados pelo governo israelense para que a trégua entre em vigor.
O primeiro-ministro israelense reuniu o gabinete de segurança e levará o tema para votação. A expectativa é de que seja aprovado com folga, apesar de rejeições do bloco de extrema-direita.
Se aprovado, Israel terá um prazo de 24 horas para que suas forças recuem inicialmente e mantenham o controle de apenas 53% da Faixa de Gaza. A partir desse prazo, o Hamas terá 72 horas para libertar os reféns restantes em Gaza.