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Aeroporto das Montanhas: a oportunidade que Venda Nova não pode deixar escapar

Um aeroporto trará novos visitantes, ampliará a circulação de renda, dará mais visibilidade à produção agrícola e ao turismo de experiência

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Aeroporto das Montanhas Venda Nova do Imigrante
Foto: Reprodução/Semobi

*Artigo escrito por Lorenza Falchetto Venturim Grillo, presidente da Associação do Agroturismo de Venda Nova do Imigrante (Agrotur VNI)

Venda Nova do Imigrante é, há 37 anos, um exemplo de desenvolvimento capixaba. Desde sua emancipação em 1988, a cidade cresce em população, estrutura, atrativos e valor econômico, sem abrir mão da qualidade de vida que lhe garantiu o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Espírito Santo.

Esse equilíbrio, no entanto, nunca foi conquistado sem debate: a cada novo projeto ou evento, surgem vozes a favor, contrárias ou reticentes. É natural. O progresso provoca, instiga, incomoda.

É exatamente esse o cenário que se desenha em torno do Aeroporto das Montanhas Capixabas. Um projeto que, no início, tinha apoio irrestrito e consensual, mas que, agora, às vésperas do início das obras, encontra resistência. Nada mais previsível. Toda grande mudança divide opiniões.

Vale lembrar que a ideia não é nova. Há anos o empresário Camilo Cola já havia desenhado um projeto de aeroporto no município. O que muda agora é a chance real de tornar esse sonho antigo uma realidade estratégica para a região.

E aqui cabe uma pergunta direta: Venda Nova, que se orgulha de ser referência em agroturismo para o Brasil inteiro, pode abrir mão de um investimento capaz de fortalecer ainda mais sua vocação?

Na Associação do Agroturismo de Venda Nova do Imigrante (Agrotur VNI), acreditamos que não. Defendemos o projeto porque enxergamos nele a possibilidade de multiplicar oportunidades.

Um aeroporto trará novos visitantes, ampliará a circulação de renda, dará mais visibilidade à nossa produção agrícola e ao nosso turismo de experiência. E colocará as montanhas capixabas em outro patamar de competitividade.

Dúvidas sempre existirão quando o novo se instala. Mas a reflexão deve se basear no ganho coletivo do amanhã. É preciso ter a coragem de olhar além das dificuldades imediatas e vislumbrar o que toda a região pode conquistar com essa infraestrutura: mais empregos, mais renda, mais vitalidade econômica e cultural.

Por isso, fazemos um convite: que este debate não se limite às nostalgias ou às críticas pela perda de um talvez. Que seja um debate propositivo, de construção. O aeroporto é a possibilidade de escrevermos mais um capítulo de desenvolvimento em nossa história.

E nós, do agroturismo, sabemos bem que quem planta com visão de futuro colhe prosperidade.

Lorenza Falchetto Venturim Grillo presidente da Associação do Agroturismo de Venda Nova do Imigrante
Lorenza Falchetto Venturim Grillo é presidente da Associação do Agroturismo de Venda Nova do Imigrante. Foto: Acervo pessoal