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Geração Z e o desejo da casa própria: estabilidade e realização pessoal

Mesmo em meio a mudanças no mercado e novos hábitos de consumo, os jovens seguem vendo a casa própria como símbolo de estabilidade

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Foto: Freepik
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*Artigo escrito por Ricardo Gava, executivo da Gava Crédito Imobiliário e diretor do Ademi/Secovi-ES

Uma pesquisa recente mostrou que a Geração Z mantém firme o desejo pela casa própria. Mesmo em meio a mudanças no mercado e novos hábitos de consumo, os jovens seguem vendo o imóvel como um dos maiores símbolos de estabilidade, segurança e realização pessoal.

Entre as alternativas analisadas, o aluguel aparece apenas como solução temporária, enquanto a compra é apontada como o caminho capaz de oferecer tranquilidade e perspectiva de futuro.

Esse resultado revela algo importante: pagar aluguel pode resolver a moradia no curto prazo, mas não gera retorno. O dinheiro investido mensalmente vai para o proprietário e nunca volta para quem paga.

Já ao financiar um imóvel ou participar de um consórcio, cada parcela se transforma em investimento, construindo patrimônio que, no final, pertence ao próprio comprador. É a diferença entre pagar para os outros ou pagar para si mesmo.

No financiamento, essa lógica fica ainda mais evidente. A compra garante o imóvel imediatamente, permitindo que o comprador aproveite oportunidades de preço e já inicie a formação de patrimônio.

Com o passar do tempo, ainda existe a possibilidade de renegociar as condições de pagamento e reduzir os juros sempre que o cenário econômico se tornar mais favorável.

Essa flexibilidade faz do financiamento uma escolha inteligente, pois mesmo que as condições não sejam ideais no momento da contratação, elas podem melhorar várias vezes ao longo dos anos, diminuindo parcelas e acelerando a construção de riqueza.

O consórcio, por sua vez, funciona como uma poupança programada. Embora não ofereça a posse imediata, permite planejamento e disciplina financeira, com taxas menores do que o financiamento.

Seu grande diferencial é possibilitar a compra sem a necessidade de ter dinheiro para pagar entrada, o que o torna uma alternativa acessível e estratégica, principalmente para os mais jovens.

Cada parcela representa um passo consistente em direção à conquista do imóvel próprio, sem a pressão de arcar com custos de juros mais altos.

Além disso, é preciso lembrar que os imóveis têm histórico de valorização no longo prazo. Ao comprar, o jovem não apenas garante um teto para morar, mas também adquire um ativo que tende a crescer de valor com o passar dos anos.

Esse imóvel pode gerar renda futura, seja por meio de aluguel, seja como reserva patrimonial. É a construção de um alicerce sólido para a vida financeira.

Por isso, especialmente para quem está começando a vida, comprar é muito mais vantajoso do que alugar.

A Ademi-ES, em pesquisa de mercado da Grande Vitória, apontou valorização média de 12% ao ano nos imóveis ao longo da última década.

Se acrescentarmos a isso a taxa média de rentabilidade da locação residencial, em torno de 0,4% ao mês sobre o valor do imóvel, o retorno total se aproxima de 17% ao ano.

Um resultado que mostra, de forma clara, como a compra, sempre que possível, é o melhor caminho para quem busca patrimônio, segurança e valorização futura.

Ricardo Gava diretor da Ademi
Ricardo Gava é diretor do Ademi/Secovi-ES. Foto: Acervo pessoal