Foto: Freepik
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*Artigo escrito por Nathalia Finck, doutora em Biomateriais e Biologia Oral, mestre em Clínica Odontológica, especialista em Prótese Dentária e professora do curso de Odontologia da Faesa Centro Universitário

A Inteligência Artificial (IA) chegou para ficar na Odontologia, mas com uma regra de ouro: IA é meio, não fim. Ela não substitui o cirurgião-dentista nem é um Google de respostas prontas.

Seu papel é atuar como assistente: organiza dados, identifica padrões e sugere caminhos. A definição do diagnóstico e a conduta clínica continuam nas mãos do profissional.

Hoje, as aplicações mais maduras estão na análise de imagens e no apoio à decisão clínica. Algoritmos reconhecem padrões em radiografias e tomografias para sinalizar cárie, perda óssea, fraturas e lesões, entregando um olhar rápido e padronizado que apoia, e não substitui, o julgamento humano.

Revisões científicas mostram ganhos de precisão e eficiência quando a IA é integrada ao fluxo digital do consultório. O fio condutor é único: a IA aponta, quem interpreta é você, portanto, ter um conhecimento sólido é de extrema necessidade para todo profissional. 

Nathalia Finck, doutora em Biomateriais e Biologia Oral, mestre em Clínica Odontológica, especialista em Prótese Dentária e professora do curso de Odontologia da Faesa Centro Universitário. Foto: Faesa/Divulgação

No planejamento, a IA atua do design do sorriso ao planejamento ortodôntico e implantodôntico, ajudando a simular resultados e respeitar marcos anatômicos.

Com fotografia clínica, escaneamento intraoral, CAD/CAM e impressão 3D, o dentista alcança previsibilidade e controle de qualidade maiores.

A gestão também ganha reforço: chatbots fazem triagem de dúvidas, confirmam consultas e lembram retornos.

Modelos preditivos estimam risco de cárie e progressão periodontal, permitindo agendas mais inteligentes. Outras aplicações surgem em análise de crescimento, forense e ensino.

Para o dentista brasileiro, as opções já são reais: radiologia assistida em nuvem, softwares de planejamento estético e ortodôntico, agendadores integrados ao WhatsApp e plataformas CAD/CAM com recursos inteligentes. Os modelos de cobrança variam entre assinatura, por caso e licença anual. Antes de contratar, vale testar com seus próprios casos para medir tempo, previsibilidade e compatibilidade com o fluxo de trabalho.

A desconfiança é natural. Muitos temem depender demais da IA, outros esbarram na curva de aprendizado ou na preocupação com a LGPD.

O caminho é começar pequeno, revisar as sugestões, registrar o uso no prontuário e ser transparente com o paciente. Coletar o mínimo necessário e exigir segurança e contratos claros com fornecedores é essencial.

Na prática, os ganhos aparecem quando a IA se integra ao que o dentista já faz bem: leitura complementar de imagens, triagem de achados, apoio ao planejamento e organização do prontuário.

Ela dita e transcreve evoluções, dispara protocolos e reduz faltas. No ensino, acelera revisões e simulações com bases reais. A regra permanece: a IA aponta, mas quem interpreta é você.

O futuro é promissor: realidade aumentada em cirurgias, integração com robôs e dispositivos que monitoram sono e bruxismo. A ponte é tecnológica, mas o diagnóstico, humano.

Em resumo, use a IA como assistente treinável que organiza e acelera. Explore ferramentas de imagem (Pearl, Overjet, Denti.AI, Diagnocat), planejamento (DSD, Exocad, 3Shape, ClinCheck, DentalMonitoring) e gestão (ManyChat, WATI, Twilio).

No Brasil, há soluções disponíveis em diferentes formatos e modelos de contratação. Escolha com critério, valide no seu contexto e mantenha ética e segurança de dados no centro. Tomara que este texto seja útil para lhe ajudar na vida profissional, agora vou pedir para a IA revisá-lo para que você compreenda da melhor maneira!