novembro azul câncer de próstata
Foto: Canva

A cada ano, mais de 70 mil homens são diagnosticados com câncer de próstata. A estatística é do Instituto Nacional de Câncer (Inca). É o segundo tipo mais grave entre os homens.
Nesse contexto o Novembro Azul ganha ainda mais relevância.

Basta dizer que o engajamento dos homens é bem menor do que das mulheres durante a companha Outubro Rosa, pelo menos no que se refere a procura por exames.

Aqui no Brasil, a campanha de conscientização é promovida por diversas instituições de saúde com ações educativas, eventos e incentivo a prevenção.

A ideia é reforçar a importância do autocuidado, hábitos saudáveis e a realização de exames regulares, afinal, apesar dos avanços da medicina e do aumento das informações disponíveis, o diagnóstico precoce ainda enfrenta dois grandes inimigos: o medo e o preconceito.

O medo nasce, em parte, da ideia equivocada de que o câncer de próstata é uma sentença de morte. Quando detectado no início, porém, as chances de cura ultrapassam 90%. Ainda assim, muitos homens adiam a consulta e evitam os exames preventivos.

Estudos revelam que as mulheres procuram praticamente duas vezes mais exames preventivos que os homens. Por exemplo, quando se trata de câncer de mama, elas realizam exames periódicos o dobro de vezes que os homens que procuram exames para diagnosticar câncer de próstata.

Por trás dessa resistência, está também o tabu em relação ao “exame de toque” e o preconceito – um estigma cultural que associa o cuidado com a saúde a uma demonstração de fraqueza e acaba se tornando uma barreira invisível que impede muitos homens de buscarem ajuda médica.

A campanha Novembro Azul tem como meta justamente romper esse ciclo, mudar a cultura do silêncio e lembrar que exames simples podem salvar famílias inteiras da dor da perda.

O cuidado com o próprio corpo é um gesto de coragem e de maturidade, e homens que se cuidam inspiram outros a fazer o mesmo.