Sonho Grande, de Cristiane Correa, é uma leitura essencial para quem deseja compreender o impacto de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira no capitalismo brasileiro e mundial. Mais do que contar a trajetória dos três empresários, o livro revela os pilares que sustentaram um modelo de gestão focado em meritocracia, eficiência radical, obsessão por metas e a convicção de que pensar grande exige o mesmo esforço operacional de pensar pequeno.
O conceito de “sonho grande”, que nomeia a obra, não aparece como um slogan motivacional, mas como um princípio aplicado em cada aquisição, reorganização e expansão de negócios conduzidos pelos fundadores da 3G Capital.
Para Lemann e seus sócios, sonhar grande é estabelecer objetivos fora do padrão de mercado e construir uma cultura capaz de sustentar esses objetivos no dia a dia. Essa visão encontra uma conexão direta com os fundamentos do ecossistema Private, que valoriza a ambição estratégica aliada à execução disciplinada.
No contexto da Private, o sonho grande se traduz em metas ousadas de crescimento, inovação nos segmentos em que atua e uma cultura de excelência que busca protagonismo nos mercados em que está inserida.
Assim como na jornada dos três empresários retratados por Cristiane Correa, o foco não está em expansão pela vaidade do tamanho, mas no impacto real que o negócio pode causar ao transformar setores, desenvolver talentos e gerar valor consistente.
A Aquisição da Anheuser-Busch
Um dos trechos mais emblemáticos do livro mostra como a aquisição da Anheuser-Busch, nos Estados Unidos, não se baseou somente em poder financeiro, mas na crença de que um grupo brasileiro poderia competir, liderar e vencer em uma das maiores economias do mundo.
Esse movimento envolveu coragem, preparo técnico e uma cultura organizacional sólida. Dentro do ecossistema Private, essa mesma lógica inspira decisões que buscam diferenciação e crescimento fora da zona de conforto, com base em planejamento e crença em resultados sustentáveis.
A Cultura de Donos e o Desenvolvimento de Times
Além disso, a cultura de donos, outro elemento central na história dos três empresários, também encontra paralelo na forma como o Private desenvolve seus times. A ideia de que cada colaborador deve pensar como sócio, assumir responsabilidades e buscar soluções com autonomia está alinhada com os modelos de liderança defendidos no livro.
Para Lemann, Telles e Sicupira, liderar é formar sucessores, identificar talentos e confiar no potencial de quem está pronto para entregar mais. Essa filosofia reforça o valor de sonhar grande como um projeto coletivo, no qual todos se movem na mesma direção.
A Busca por Eficiência e Resultados
Outro ponto de contato entre a obra e o ecossistema Private está na busca por eficiência. O livro detalha como os empresários eliminaram desperdícios, simplificaram estruturas e priorizaram o essencial para viabilizar crescimento com margem e consistência. Essa abordagem está presente nas estratégias adotadas pela empresa Private, que aliam inteligência operacional e foco em resultado a uma visão de longo prazo.
Cortar o que não funciona, investir no que há valor e manter a cultura alinhada são princípios comuns a ambos os universos. Ao final da leitura, Sonho Grande deixa uma mensagem clara: crescer com impacto exige clareza de visão, coragem para romper padrões e compromisso com a excelência. A conexão com o ecossistema Private é evidente na forma como esse valor é praticado por seus líderes, colaboradores e parceiros. O livro se transforma, assim, em uma referência de mentalidade e execução, capaz de inspirar decisões estratégicas e reforçar a convicção de que grandes conquistas nascem de objetivos ambiciosos sustentados por uma cultura forte.