Foto: Reprodução Facebook

O último dos acusados de participação na morte da menina Alice da Silva de Almeida, de 3 anos, em Vila Velha, em fevereiro de 2020, Isaias Themoteo Leão, de 25 anos foi preso em Búzios, no Rio de Janeiro, na última terça-feira (11). 

O tio de Alice, o músico Wanderson Krofke, afirmou que a prisão do suspeito traz alívio para a família, que enxerga a justiça sendo feita, mas revela que falar sobre o assunto ainda é difícil para ele e para os familiares.

O músico diz ainda que espera que o suspeito seja punido e não exista a possibilidade de soltura no horizonte. “Ficamos felizes que a justiça está sendo feita, a família fica um pouco mais aliviada. Só esperamos que ele continue preso, não seja solto daqui um mês”, disse. 

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Wanderson disse que foi informado da prisão durante a manhã desta sexta-feira (14), e que logo entrou em contato com os pais da criança, que estão sempre presentes em audiências dos suspeitos.

“Quando recebi a notícia, entrei em contato com o pai da Alice, os pais estão sempre informados sobre audiências. Eu não sabia que era o último a ser preso, ficamos felizes que tudo foi concluído”, afirmou. 

Vivendo um dia de cada vez

Para quem sofre com a dor da perda, seguir em frente pode ser uma tarefa árdua. E, de acordo com Wanderson, a vida para a família de Alice, principalmente para os pais, se resume a encarar um dia de cada vez. 

Poucos dias após a tragédia, Amanda, mãe de Alice, descobriu que estava grávida de um segundo filho. Naquele mesmo ano, o bebê Emanuel nasceu e é por ele que os pais seguem em frente.

Wanderson, que também é pai, diz se colocar no lugar dos pais que enfrentam a perda e diz não conseguir mensurar a dor. 

“Eu também sou pai, tenho um filho pequeno, me coloco no lugar deles e acho que assim consigo imaginar 10% do que eles sentem. Não consigo dizer que eles estão superando, porque não estão. Não é uma coisa que dá para superar. É como o avô disse, ainda que a justiça seja feita, isso não traz a Alice de volta. Eles vivem um dia após o outro”, finalizou. 

Tiroteio motivado por disputa de traficantes

Segundo investigação da polícia capixaba, Alice morreu durante uma troca de tiros entre criminosos que disputam o controle de dois pontos de venda de drogas do bairro.

A investigação apontou que o tráfico de drogas da região era controlado por Rafael Proveti Nascimento, que foi preso. 

A mulher dele, Ana Paula Dias Ferreira, passou a coordenar o crime no local, segundo a polícia, e foi presa em abril de 2020. Mesmo assim, as ordens partiam de Rafael de dentro da prisão.

Além deles, a Polícia Civil identificou Thiago Martins de Souza e um adolescente de 15 anos como os atiradores.

Jhonatan Henrique Barbosa, conhecido como “Jhonatan Capeta”, era o segurança do ponto de venda de drogas e Willian Nascimento Lacerda era o motorista no dia do crime.

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