Walace Luiz dos Santos, acusado de matar Felypy Antônio Chaves, no bairro Itararé, em Vitória, em fevereiro de 2022, foi condenado a 27 anos de prisão. Deste total, 24 pelo crime de homicídio qualificado e outros três por porte ilegal de arma de fogo.
O réu já estava preso preventivamente e vai cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado. Segundo a investigação, ele foi o piloto da moto usado no dia do crime.
Walace foi a júri popular nesta segunda-feira (26), no Fórum Criminal de Vitória. A condenação por homicídio teve as qualificadoras de perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima.
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Mais quatro denunciados pelo crime
Além dele, outros quatro homens também foram denunciados pelos mesmos crimes: Glaydson Alvarenga Soares, Cabo Ronniery Vieira Peruggia, Welquerson Cunha de Moraes e José Moreno Valle da Silva.
Segundo o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), com exceção de Welquerson, todos os outros acusados estão presos preventivamente e o júri popular de Alvarenga deve acontecer em breve. Os demais ainda não têm julgamentos previstos.
Eles eram suspeitos de fazer parte de grupo de extermínio que atuava no bairro Itararé, supostamente formado para retaliar envolvidos no assassinato do sargento Romania, da Polícia Militar.
Contra os cinco havia também a denúncia de crime de formação de organização criminosa. Como foi retirada, um sexto suspeito, cabo da Polícia Militar, foi excluído da ação penal, e a acusação contra ele, arquivada.
Relembre o caso
O crime ocorreu no dia 21 de fevereiro de 2022, em um campo de futebol do bairro Itararé. Felypy, conhecido como “Cambalaxo”, foi assassinado com, pelo menos, 15 disparos ao lado da arquibancada.
Os anexos do documento mostram que, no dia da morte de Felypy, câmeras de segurança da Prefeitura de Vitória flagraram quatro pessoas em um carro, modelo Honda Civic, e outras duas em uma moto. O garupa da motocicleta usava um colete à prova de balas da Polícia Militar.
Logo depois, os ocupantes da moto foram identificados como Walace, na direção, e Glaydson, na garupa. No carro, estavam os demais suspeitos.
Segundo a denúncia, a placa do carro usado no dia do crime era fria. O dono do veículo foi procurado pelos investigadores e informou que vendeu o automóvel, em setembro de 2020, para o policial Ronniery.
Piloto da moto bloqueou rua no dia do assassinato
Com base nas investigações, o Gaeco chegou à conclusão de que o piloto da moto bloqueou a rua no dia do crime. Ele estaria acompanhado de Glaydson, apontado pelo Gaeco como o possível carona no momento do homicídio de Felipe.
Ainda segundo o MPES, Glaydson também era responsável pelo perfil nas redes sociais do suposto grupo de extermínio. Após análises das provas, o Gaeco chegou à conclusão de que os cinco homens são os executores do assassinato de Felypy.
Os demais denunciados ainda aguardam julgamento.