Mais quatro suspeitos de envolvimento no ataque a tiros que resultou na morte de Alice Rodrigues, de 6 anos, em Balneário Carapebus, na Serra, foram presos durante a madrugada desta segunda-feira (25). O total de prisões subiu para seis.
A criança estava no carro com o pai e a mãe, que está grávida, voltando da praia quando criminosos confundiram o carro da família com o veículo de rivais e atiraram diversas vezes, na tarde de domingo (24). Um dos tiros atingiu Alice, que chegou a ser levada no carro da família até o Hospital Materno Infantil da Serra, mas não resistiu e morreu.
O pai da menina também foi atingido por um tiro de raspão, mas ainda assim conseguiu dirigir até o hospital na tentativa de salvar a vida da filha. Já a mãe de Alice foi atingida por estilhaços de vidro. Os dois receberam atendimento médico e estão fora de perigo.
Os criminosos que atacaram a família estavam em um carro alugado. O motorista e o atirador foram identificados e presos por uma equipe da Força Tática do 6º Batalhão (Serra) da Polícia Militar, em Cidade Continental, no mesmo município. Um revólver foi apreendido com eles.
O secretário estadual da Segurança Pública, Leonardo Damasceno, afirmou que as buscas aos suspeitos continuaram durante a madrugada e mais quatro pessoas foram presas pelas forças de segurança.
Dentre os presos, temos o atirador identificado, uma pessoa que estava dando fuga conduzindo o veículo, dois mandantes, uma advogada e um olheiro. Um trabalho investigativo muito intenso durante a madrugada
Leonardo Damasceno, secretário estadual da Segurança Pública
A advogada presa, segundo o secretário, é casada com um dos mandantes do ataque. “Ela foi encontrada em casa com munições de fuzil e 9 milímetros, o que mostra efetivamente o envolvimento dela com esse crime criminoso”, afirmou Damasceno.
Guerra de facções
Em entrevista coletiva, o secretário estadual da Segurança Pública, Leonardo Damasceno, afirmou que o ataque foi realizado por integrantes da facção do Primeiro Comando de Vitória (PCV) que confundiram o carro da família com o veículo utilizado por integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP).
“Foi um ataque do PCV contra integrantes do TCP. Identificamos que tinha um olheiro procurando um carro que era usado por integrantes do TCP. O olheiro identificou errado o carro da família da Alice e acabou esse ataque vitimando a família”, disse.
Nos últimos dias, a região onde Alice foi morta e os pais feridos tem sido palco da disputa de facções criminosas.
Na sexta-feira (22), um jovem, de 18 anos, foi morto a tiros ao sair para comprar cigarros em um bar no bairro Lagoa de Carapebus. O ataque teria sido promovido por criminosos de Balneário Carapebus.
Na noite daquele mesmo dia, uma ação em represália a morte do jovem deixou um morto e um baleado.