Dois advogados foram detidos pela Polícia Militar, na noite desta quinta-feira (08), em Linhares, no norte do Estado. Segundo boletim da PM, um deles resistiu à abordagem e, a todo momento, xingava e ameaçava os policiais. Ainda de acordo com a Polícia Militar, o outro detido, que conduzia o veículo onde os dois estavam, apresentava sinais de embriaguez.
A abordagem aconteceu por volta das 23h30, na BR-101. O nome dos envolvidos não foi divulgado. De acordo com o relatório da PM, policiais realizavam uma abordagem no centro da cidade, quando um Celta branco passou por eles e o carona teria dito: “bando de filhos da p***”.
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Os militares foram atrás do veículo e abordaram os dois ocupantes em um semáforo na BR-101. Segundo os policiais, o motorista do carro não resistiu à abordagem, mas apresentava sintomas de embriaguez, como vermelhidão nos olhos e odor etílico. Ele, no entanto, se recusou a realizar o teste do bafômetro.
Já o advogado que estava no carona, que, segundo os policiais que realizaram a abordagem, estava em “completo estado de embriaguez”, teria dirigido diversas palavras de baixo calão aos militares e precisou ser imobilizado e algemado. Os dois foram conduzidos para a 16ª Delegacia Regional de Linhares.
Ainda de acordo com os policiais, na delegacia o advogado que estava no carona continuou desacatando os policiais, xingando-os de “louco”, “psicopata”, “vagabundo, “porqueira”, entre outros nomes, e fazendo ameaças, inclusive dizendo que iria denunciar o caso na corregedoria. Em determinado momento, o detido teria chutado a porta da delegacia.
De acordo com o delegado Walter Barcelos, da 16ª Delegacia Regional de Linhares, os dois pagaram uma fiança de R$ 1 mil e foram liberados. Eles foram autuados por desacato à autoridade e embriaguez ao volante.
O advogado acusado de ter desacatado os policiais militares registrou um boletim de ocorrência na própria delegacia, contando a versão dele sobre os fatos. No documento, ele declara que gritou aos policiais que faziam abordagem: “Tem que prender estes filhos da p*** mesmo”.
Em seguida, segundo o advogado, ele foi abordado pelos policiais, que teriam colocado uma arma na cabeça dele. O detido alega também que não resistiu à abordagem dos militares e que foi algemado e colocado no cofre da viatura sem que lhe fosse informado o crime que havia cometido.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Linhares, Rodrigo Dadalto, foi procurado pela reportagem para comentar o caso, mas não atendeu às ligações.
