Polícia

“Ainda não caiu a ficha”, diz filho de diarista encontrada morta em matagal

Fábio Teixeira contou que ele e outros familiares estiveram entre os primeiros a chegar ao local do crime, em Vale Encantado

O motoboy Fabio Teixeira é filho da diarista assassinada. Foto: TV Vitória/Reprodução
O motoboy Fabio Teixeira é filho da diarista assassinada. Foto: TV Vitória/Reprodução

A dor ainda é difícil de descrever para o motoboy Fábio Teixeira, filho da diarista Iraci de Souza Teixeira, 66 anos, encontrada morta nesta quinta-feira (1º), após cinco dias desaparecida. Em entrevista, ele desabafou sobre o sofrimento da família, que participou ativamente das buscas na mata onde o corpo foi localizado.

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“Estamos desolados, com o coração apertado, sem cair a ficha ainda. A gente olha e não está acreditando no ocorreu”, disse, emocionado.

Veja o vídeo:

Filho de diarista reconheceu o corpo

Fábio contou que ele e outros familiares estiveram entre os primeiros a chegar ao local do crime. “Reconheci, falei: ‘É minha mãe que está aí’. Mas a gente só pôde ter a certeza da mão e os pés amarrados depois da chegada da Polícia Científica”.

As buscas contaram com a ajuda de cerca de 20 familiares e amigos, além de voluntários da Romaria dos Cavaleiros, que estavam a caminho para auxiliar.

“Foram cinco longos dias de busca e muita, muita tristeza. Porque você busca, busca, e não encontra nenhuma pista. Fica aquela aflição muito grande”, contou.

Apesar da confirmação de que a vítima estava com as mãos e pés amarrados – o que aponta para um crime –, a família ainda não recebeu mais informações oficiais da polícia.

A partir da localização do corpo, a investigação do caso passa a ser conduzida pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES).

Corpo de diarista tinha ferimentos na cabeça

O corpo da diarista foi encontrado na manhã desta quinta-feira (1º) com ferimentos na cabeça e pés e mãos amarradas, segundo investigadores da Polícia Civil.

corpo estava enterrado em uma área de matagal, às margens da Rodovia Leste-Oeste, no Vale Encantado, em Vila Velha, durante buscas feitas pela família.

A região onde o corpo foi encontrado é próxima do local onde policiais civis e militares do Corpo de Bombeiros realizaram buscas pela diarista com a ajuda de cães farejadores, na tarde de quarta-feira (30).

Durante a análise no local, o investigador Santana confirmou que a diarista estava com os pés e as mãos amarrados com uma camisa branca, em posição que impedia qualquer chance de defesa. “Estavam amarrados para trás, o que dificultava que a vítima se protegesse da violência que sofreu”, afirmou o policial.

Apesar do avançado estado de decomposição do corpo, foi possível identificar uma pancada na cabeça. “Era um pouco difícil, porque o corpo já estava em decomposição, mas em algumas partes foi possível verificar sinais de violência, principalmente na região da cabeça”, explicou.

Kayra Miranda, repórter do Folha Vitória
Kayra Miranda

Repórter

Jornalista pelo Centro Universitário Faesa.

Jornalista pelo Centro Universitário Faesa.