Um cabo da Polícia Militar de 43 anos perseguiu e agrediu uma mulher de 29 anos em uma academia que fica na Rodovia Serafim Derenzi, em Santo Antônio, Vitória. Um vídeo flagrou o homem xingando e gritando contra a vítima.
O policial trabalha na corporação desde 2009. A vítima contou que o homem estava olhando muito para ela e então o questionou. Depois, ele teria se descontrolado, chutado e cuspido na mulher.
Eu senti muito medo, fiquei muito desconfortável com a situação, porque eu nunca tinha passado por isso. Eu não sabia o que fazer. Fiquei com muito medo, mas confiando em Deus para dar tudo certo agora, com os advogados me ajudando e Deus na frente.
Vítima de agressão
Segundo a mulher, o policial militar estava a olhando e encarando o tempo todo. Ele também estaria a perseguindo por todos os exercícios que ela praticava na academia. No momento em que ela o questionou, ele teria se alterado.
Eu perguntei se ele queria falar alguma coisa comigo. Ele não gostou e se alterou, chutou a minha perna e cuspiu no meu rosto.
Vítima de agressão
Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil na Delegacia de Santo Antônio. Testemunhas que viram o ocorrido serão convocadas a prestar depoimento nos próximos dias. A advogada da vítima pediu uma medida protetiva e medidas cautelares contra o policial militar.
A advogada Rosyanne Ferrugine ressaltou que o pedido da medida protetiva foi feito para resguardar a integridade física e moral da vítima, por os dois frequentarem a mesma academia. Segundo ela, a mulher é mãe solo em estado de vulnerabilidade e tem medo de voltar ao local.
“Teve palavras que demonstram uma certa ameaça. A gente não pode dizer que houve ameaça, mas teve uma coação contra ela ao fato de ele chegar e se aproximar”, explicou a advogada.
De acordo com Ferrugine, as medidas cautelares pedidas contra o policial militar são o seu afastamento da academia e da corporação. Ela ressaltou que a cliente foi vítima de pelo menos quatro crimes: importunação sexual, violência física, violência de gênero por ela ser mulher e injúria.
Enquanto os crimes estão sob investigação, a vítima revela estar com medo do que pode acontecer. Segundo ela, outras mulheres da academia também relataram situações semelhantes.
“Outras mulheres da academia, depois do ocorrido, disseram que também ficaram incomodadas com a forma com que ele olhava para elas, mas ninguém nunca tinha falado nada. Sou mãe de dois meninos, então estou morrendo de medo”, disse a vítima.
Veja o vídeo:
*Com informações do repórter Caio Dias, da TV Vitória/Record