Polícia

Aluno de 15 anos ameaçou atacar escola de Vitória por não querer ir às aulas presenciais

A Polícia Civil descobriu que o aluno da escola, que fica no bairro Grande Vitória, foi responsável pela ameaça e usou um outro adolescente de Minas Gerais para concluir o plano

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Foto: Divulgação/ Polícia Civil

A Polícia Civil descobriu que um adolescente de 15 anos foi o responsável pela ameaça de ataque a uma escola pública de Vitória, que ocorreu no dia 12 de dezembro. A publicação foi feita por um adolescente de 17 anos, que ele conheceu em um jogo online. 

A ameaça foi feita após a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Maria Stella de Novaes, localizada no bairro Grande Vitória, fazer uma postagem no Instagram comunicando a volta às aulas presenciais. 

Nos comentários, uma pessoa com um perfil falso afirmou que entraria na escola armado e mataria o máximo de alunos possível, destacando ainda que levaria munição e um canivete bem afiado. 

Logo após o comentário, o conteúdo foi apagado pela escola e o local recebeu um esquema de segurança reforçado com o apoio da Guarda Municipal de Vitória. 

De acordo com o delegado Brenno Andrade, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, o responsável foi um adolescente de 15 anos, aluno da instituição, que usou um amigo de Minas Gerais para concluir o plano. 

“Identificamos um adolescente de Vitória e outro de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O adolescente daqui do Estado conheceu esse rapaz de Minas através de um jogo online muito conhecido e desde 2017, eles vinham mantendo conversa em relação a jogos e a outros assuntos também. O adolescente daqui estava tendo aula em casa e não queria que as aulas retornassem presencialmente. Por esse motivo, ele pediu ao rapaz de Minas que fizessem as ameaças contra a escola”, afirmou o delegado. 

Diante da ameaça, a Polícia Civil investigou o caso e os adolescentes relataram que tudo não passou de uma brincadeira. Apesar disso, as diligências continuam e o adolescente capixaba vai responder pelo crime de ameaça. 

“A gente sempre vem frisando que a polícia nunca trata como brincadeira. As investigações seguem e a Polícia Civil de Minas Gerais vai fazer uma investigação paralela junto com a Polícia Civil do Espírito Santo, considerando que nos dispositivos desse adolescente que mora em Minas Gerais, foram encontrados símbolos que fazem referência ao nazismo. O adolescente daqui vai responder pelo crime de ameaça e também por um fato previsto na lei de contravenções penais, que é causar pânico ou tumulto” explicou o Brenno Andrade. 

O delegado afirmou ainda que o adolescente relatou não ter um bom relacionamento com os pais, além de problemas com alguns colegas da escola. Por conta disso, achava melhor não sair de casa e tinha preferência por aulas online.

Para a Delegacia de Crimes Cibernéticos, o maior alerta do caso é sobre o relacionamento – ou a falta dele- dos adolescentes com a família e com a sociedade.

“Ele gosta de ficar recluso, no ambiente dele, então preferia não sair de casa. A gente faz o alerta para os pais de adolescentes que têm aquelas características de reclusão, de ficar dentro de casa, dentro do quarto, mexendo no computador sem que os pais acompanhem o que o eles estão fazendo. Se você não fiscaliza, tanto na vida real, quanto no mundo cibernético, alguém vai ter atenção para o seu filho e essa pessoa pode ser um criminoso”, afirmou o delegado. 

Com informações da repórter da TV Vitória/Record TV, Nathalia Munhão.