Polícia

Amigos fazem vaquinha para ajudar mãe de travesti que arrancou orelha de carcereiro

Segundo o boletim de ocorrência, Verônica foi presa no domingo depois de agredir uma idosa nos Jardins. Ela foi levada primeiro para o 78º DP e depois para o 2°DP

Amigos fazem vaquinha para ajudar mãe de travesti que arrancou orelha de carcereiro
Após arrancar parte da orelha do carcereiro, a travesti apareceu sem blusa e com o rosto desfigurado Foto: R7

Amigos da mãe da travesti Verônica Bolina, de 25 anos, fazem uma vaquinha para ajudar Marli Ferreira Alves Francisco, 48 anos. Ela mora em Mococa, no interior de São Paulo, e viajou para a capital depois que a filha foi presa no último domingo (12). 

O apelo foi postado na página de Verônica no Facebook. Verônica ganhou os noticiários depois que arrancou a orelha de um carcereiro do 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, região central de São Paulo. Depois do ocorrido, ela teria sido agredida por ele, o que gerou polêmica em relação ao procedimento aplicado pela polícia em caso de detenção de travestis ou transexuais.

Segundo o boletim de ocorrência, Verônica foi presa no domingo depois de agredir uma idosa nos Jardins. Ela foi levada primeiro para o 78º DP e depois para o 2°DP. As imagens dela ferida e sem roupa passaram a circular na internet.

Os amigos de Verônica se manifestaram nas redes sociais Foto: Reprodução Facebook

Muitos grupos de apoio se manifestaram em relação ao caso, apoiando Verônica. Mas outros movimentos também surgiram contra a defesa da travesti, apontando que ela agrediu uma idosa. 

O delegado Luiz Roberto Hellmeister, do 2° DP, disse que o carcereiro e a travesti viveram “uma verdadeira briga de rua”. “Ela chegou aqui e não quis ficar na cela com os outros homens. Foi levada para um seguro [cela isolada], mas também não quis ficar. No momento em que estávamos fazendo um remanejamento, ela atacou o carcereiro e ele deu socos nela. Foi cena de briga de rua mesmo. Aqui é um lugar provisório e não temos celas específicas, como em um presídio”.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou, por meio de nota, que Verônica foi ouvida na tarde de quarta-feira (15) e confirmou que, quando estava detida em uma cela, expôs a genitália e começou a se masturbar, o que provocou a revolta dos outros presos. Para conter a situação, um carcereiro entrou na cela para retirá-la, quando Verônica o atacou com uma mordida na orelha. 

O delegado esclareceu que Verônica se machucou durante esses confrontos. Ele disse ainda que por causa da condição sexual, ela pode solicitar uma sala separada do restante dos presos, mas que não houve esse pedido. A travesti permanece na delegacia de maneira provisória, até a destinação para uma unidade da Secretaria de Administração Penitenciária.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou também que o caso será investigado pela Corregedoria da Polícia Civil.

Com informações do R7