Polícia

“Bandido não se cria”: operação mira Comando Vermelho e prende 19 pessoas no ES

Até o momento 19 pessoas foram presas na ação que visa desarticular uma organização criminosa ligada à facção Comando Vermelho

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Operação MPES (Divulgação: MPES)
Operação MPES (Divulgação: MPES)

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) deflagrou a segunda fase da Operação Bandido Não Se Cria. Até o momento, 19 pessoas foram presas na ação que visa desarticular uma organização criminosa ligada à facção Comando Vermelho em Rio Bananal, na região Norte do Estado.

Os crimes investigados incluem tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e uso de adolescentes para a prática de atos ilícitos.

Além disso, também há ainda indícios, em apuração, do envolvimento do grupo em homicídios relacionados à disputa por territórios do tráfico.

As ações são feitas por meio da Promotoria de Justiça de Rio Bananal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Norte), e a Polícia Civil do Estado do Espírito Santo (PCES).

Segundo o MPES, a operação começou na tarde de segunda-feira (11), com a prisão de seis pessoas em Rio Bananal. Nesta terça-feira (12), foram cumpridos mais 13 mandados de prisão temporária, com 19 prisões, além de 14 mandados de busca e apreensão.

O objetivo é apreender documentos, computadores, telefones celulares, mídias e outros materiais que possam contribuir para as investigações, além de drogas, armas e valores obtidos com a atividade criminosa. A ação também busca prender os líderes e operadores da organização.

Ministério Público do Espírito Santo

Como as investigações começaram?

Segundo o Ministério Público do Espírito Santo, as investigações começaram após a prisão em flagrante, em junho de 2024, de um dos integrantes da organização, ocasião em que foi apreendido seu telefone celular.

Uma análise pericial revelou trocas de mensagens que evidenciaram a existência de uma rede estruturada e hierarquizada dedicada ao tráfico de drogas, com conexões envolvendo o Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia.

A apuração identificou ainda um vídeo amplamente divulgado em redes sociais, com conteúdo de apologia ao tráfico, ostentação de bens, porte e posse de arma de fogo e participação de uma criança armada.

O vídeo foi gravado em frente à residência atribuída a um dos integrantes do grupo, apontada como uma das principais bocas de fumo do município. Esse material serviu de fundamento para as medidas judiciais da operação.

Ministério Público do Espírito Santo

O Ministério Público também solicitou à Justiça o sequestro de uma motocicleta utilizada pelos membros da organização para o transporte de drogas e valores, além de servir como elemento de ostentação para cooptar novos integrantes, inclusive menores.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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