Mais uma pessoa morreu no ataque a tiros registrado na tarde desta sexta-feira (2) na região conhecida como Gameleira, na divisa entre os bairros Itapuã e Boa Vista, em Vila Velha. O jovem Gabriel Nascimento Silva, 23 anos, não resistiu aos ferimentos, segundo a família.
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Os familiares de Gabriel contaram que o jovem lutou a vida inteira contra uma doença que o deixou na cadeira de rodas. Ainda de acordo com parentes, o rapaz tinha muitos sonhos, inclusive de exercer a profissão de DJ. No entanto, o envolvimento com as drogas o impediu de avançar.
Gabriel era uma das pessoas presentes no momento em que dois homens passaram em uma moto atirando na tarde de sexta. Apesar de ter sido levado a um hospital, ele não resistiu ao tiro que levou no peito.
Criminosos atiraram a esmo
De acordo com informações no local do crime, a região é conhecida por intenso fluxo de pessoas em situação de rua e usuários de drogas. A Polícia Militar disse que o crime teria sido motivado por disputas de traficantes no local.
Os assassinatos foram praticados por dois homens em uma moto, que chegaram ao local e atiraram a esmo contra as pessoas que estavam no local. Além de Gabriel, Vivian de Souza Cereja Duarte, de 42 anos, foi também assassinada na ocasião.
A irmã dela, Bianca Cereja, disse que a mulher era dependente química e vivia pelas ruas de Vila Velha. Ela teria sido internada diversas vezes em clínicas de reabilitação, mas nunca conseguiu completar o tratamento.
Bianca também contou que a irmã tinha mandados de prisão em aberto e a esperança da família era de que fosse presa e, na cadeia, conseguisse se livrar do vício em drogas. Vivian tinha três filhos e um neto, que não chegou a conhecer.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado como dupla tentativa de homicídio e duplo homicídio e segue sob investigação. Até o momento, nenhum suspeito foi detido.
Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, onde passarão pelo processo de necropsia. Posteriormente, serão liberados para os familiares.
As autoridades ainda reforçaram que a população pode auxiliar nas investigações, com denúncias ou informações, de forma sigilosa por meio do Disque-denúncia (181).
*Com informações dos repórteres Nathalia Munhão e Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record
Editora
Jornalista formada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e pós-graduada em Comunicação, Tecnologia e Gestão da Informação.
