O secretário de Estado de Segurança Pública, Nylton Rodrigues, anunciou nesta segunda-feira (18) novas medidas, em parceria com a Prefeitura de Vitória, para o Morro da Piedade. A prefeitura cedeu o espaço onde funciona um projeto social, que fica na parte baixa do Morro da Piedade, para que a base fixa da Polícia Militar seja instalada. O imóvel ainda está sendo estudado, mas já tem prazo para que a base comece a operar.
“Vai ser exatamente aqui onde nós estamos, na parte inferior. A equipe técnica da Secretaria de Segurança, nossa equipe de engenharia e arquitetura, estão aqui para fazer um projeto de uma reforma para que o mais rápido possível nós possamos instalar essa base fixa. Nós pretendemos fazer isso o mais rápido possível, dentro de no máximo 60 dias”, afirmou o secretário de segurança.
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Como parte da estratégia, novas câmeras de videomonitoramento serão instaladas nas regiões da Fonte Grande, Piedade e Moscoso. “A Sesp vai fazer a instalação das câmeras e o município vai fazer o cabeamento de fibra ótica. Além disso, nós vamos instalar uma antena de wi-fi aqui na região. Isso é um conjunto de ações que no nosso entender vai aprimorar as ações de segurança na região”, disse o secretário de segurança de Vitória, Fronzio Calheira.
Enquanto as medidas não começarem a funcionar, o policiamento na região vai continuar reforçado. “Nós já estamos presentes aqui com as nossas patrulhas a pé. Estamos 24h por dia, de domingo a domingo. Essas patrulhas a pé só sairão aqui da comunidade quando a nossa base fixa estiver pronta e operando”, destacou Rodrigues.
Segundo informações do Instituto Raízes, a saída de moradores da região continua. Do início do ano até agora, 39 casas foram abandonadas e 127 pessoas deixaram o morro. No último final de semana, uma família quebrou parte da casa para impedir que o imóvel seja invadido. Segundo o coordenador do Círculo Palmarino, os moradores são a favor da instalação da base fixa, porém em outro local.
“Aqui tem capoeira, aqui tem a sede de blocos históricos, é espaço para vivência, para roda de conversa, para várias atividades que a comunidade utiliza. O que a gente observa aqui hoje é uma coisa se repetindo. O Estado ao invés de dialogar com a sociedade para buscar soluções, ele de forma autoritária quer utilizar um espaço que é historicamente utilizado para diversas atividades comunitárias. Nós não somos contra a se colocar uma base da polícia, mas nós consideramos que essa saída tem que ser dialogada com a comunidade”, explicou Lula Rocha.
O clima de insegurança foi instalado na região depois da morte de um morador da Piedade. Walace foi morto com vários tiros na manhã do do dia 10 de junho. A morte dele teria sido em consequência de uma guerra pelo domínio do tráfico de drogas na região.
