Um judoca foi rendido por três assaltantes, reagiu e tomou a arma dos criminosos na noite desta sexta-feira (05) na Praia de Itaparica, em Vila Velha. A vítima estava acompanhada de uma mulher, que foi assediada pelos assaltantes.
O judoca é professor de matemática e faixa preta na modalidade. Ele levou uma coronhada na cabeça e ficou com um machucado na testa, uma ferida na boca e precisou levar dois pontos após o conflito com os suspeitos.
Segundo o professor, ele estava no primeiro encontro com a mulher, quando os dois foram abordados pelos suspeitos armados, que aparentavam ter 18 anos. O trio apontou a arma para o casal e fez ameaças.
Falaram que se a gente reagisse, eles iam estourar nossos miolos. Na hora, mandaram a gente botar o casaco na cabeça e abaixar e perguntaram se tínhamos bens. Meu celular estava na cintura e eu falei que estava sem. Pegaram minha bolsa, viram uma chave e perguntaram de qual veículo era. Eu falei que o veículo estava longe.
Judoca vítima de assalto
Os assaltantes levaram a bolsa, as chaves de uma motocicleta e da residência da vítima, além do celular da mulher.
Ainda de acordo com a vítima, durante a abordagem, os assaltantes passaram a mão e assediaram a mulher. No momento em que um dos suspeitos colocou a arma no chão, o judoca reagiu, pegou a arma e entrou em conflito com o trio.
Eu só pensei assim: ‘não posso morrer, não posso perder minhas coisas, não posso deixar ela ser ferida também’. Na hora que ele vacilou, eu pensei: ‘se eu não reagir agora, eles vão levar tudo nosso’
O trio fugiu deixando a arma para trás, que foi entregue à Polícia Militar. Os agentes foram ao local e confirmaram que o dispositivo, de fabricação caseira, funcionava perfeitamente. Os militares iniciaram as buscas pelos suspeitos, mas ninguém foi detido até o momento.
Apesar de ter reagido ao assalto, o judoca ressaltou que a ação é perigosa e recomendou que não se faça algo do tipo. Ele precisou ser atendido pelo Samu e depois se dirigiu ao hospital.
Vi que realmente não vale a pena reagir. Não reajam, porque eu poderia ter morrido. Graças a Deus, ficou tudo certo, mas é perigoso demais.
*Com informações da repórter Luciana Leicht, da TV Vitória/Record