A defesa de Bruno Valadares de Almeida, de 39 anos, apontado como o mandante da morte do empresário Wallace Lovato, de 41 anos, se manifestou pela primeira vez. Em uma nota encaminhada para a imprensa, os advogados dizem que Bruno é inocente.
Bruno foi preso no sábado (12), na residência onde mora, no bairro Jardim Colorado, em Vila Velha. No local, foram apreendidos uma arma de fogo, um celular, um notebook e joias. Ele trabalhava na empresa de Wallace.
Durante a nota, a assessoria jurídica informa que por respeito ao devido processo legal e ao trâmite do procedimento, não serão prestados esclarecimentos adicionais agora sobre os fatos que originaram a investigação criminal.
Leia a nota a assessoria jurídica na íntegra:
A ASSESSORIA JURÍDICA PIRES & PINHO informa que representa o Sr. Bruno Valadares de Almeida e declara, de forma veemente, a sua inocência em relação a todos os fatos que lhe estão sendo imputados.
Por respeito ao devido processo legal e ao trâmite do procedimento no âmbito do Poder Judiciário, não serão prestados esclarecimentos adicionais neste momento sobre os fatos que originaram a investigação criminal.
A Assessoria também comunica que já foi solicitada a habilitação nos autos do processo, a fim de assegurar o pleno direito de defesa e contribuir para o esclarecimento da verdade dos fatos.
Demais informações serão oportunamente divulgadas, conforme o regular andamento do processo e as decisões que forem sendo proferidas pela Justiça.
Desvio de dinheiro pode ter motivado crime
Segundo apurações da TV Vitória/Record, a hipótese é de que Wallace suspeitava que valores altos estariam sendo desviados da sua empresa, pelo contador. Wallace e Bruno trabalhavam juntos há cerca de cinco anos.
A Polícia Civil ainda investiga se houve outras situações de conflito envolvendo o mandante e a vítima. A apuração do caso segue em segredo de justiça.
Bruno foi preso em casa. No local, foram apreendidos uma arma de fogo, um celular, um notebook e joias.
O contador chegou a comparecer ao enterro do empresário e demonstrou indignação, pedindo justiça pela vítima.
Quatro pessoas foram presas até o momento
Arthur Luppi, detido em 17 de junho, em Minas Gerais, foi o primeiro a ser preso pelo crime e é apontado como motorista do veículo utilizado. De acordo com a polícia, ele confessou que atuou como motorista na hora do assassinato, mas alegou que no momento em que entrou no carro não sabia que os outros passageiros do veículo iriam cometer um homicídio.
Já no dia 19 de junho, a polícia prendeu Arthur Neves. Ele é apontado como atirador e foi trazido da Paraíba por Eferson, intermediador do crime, que se entregou em 23 de junho.
A mais recente prisão foi a de Bruno, suspeito de ser o mandante. Segundo reportagem da TV Vitória/Record, os familiares do contador não acreditam na participação dele no crime.
Em nota, tanto a família de Wallace quanto a empresa Globalsys relataram estar surpresas com a prisão do contador. Segundo pronunciamento da empresa, todas as medidas de desligamento de Bruno já foram tomadas.
Empresário foi morto em avenida na Praia da Costa
Wallace Borges Lovato foi assassinado na tarde de 9 de junho, na Avenida Champagnat, na Praia da Costa, com um tiro na cabeça.
Veja o vídeo do crime:
O crime aconteceu em frente à empresa da vítima, especializada em Tecnologia da Informação. O carro do empresário, uma BMW, estava estacionado na mesma avenida.
O atirador estava no banco de trás de um carro, que se aproximou do empresário. Após o disparo do tiro, os suspeitos fugiram.
O veículo utilizado pelo atirador foi encontrado a cerca de 1,8 quilômetro do local, na alça de acesso à Terceira Ponte, no dia seguinte ao crime. O veículo era roubado e estava com placas adulteradas.