Crime em Vila Velha

Caso Wallace: um mês após morte de empresário, mandante ainda não foi preso

O assassinato de Wallace Borges Lovato foi registrado no dia 9 de junho, na Avenida Champagnat, na Praia da Costa

Leitura: 4 Minutos
Empresário Wallace Lovato, assassinato na Praia da Costa
Wallace Lovato foi morto ao sair da empresa, na Praia da Costa. Foto: Acervo pessoal

A morte do empresário Wallace Borges Lovato, de 42 anos, completa um mês nesta quarta-feira (09) e o mandante do crime ainda não foi preso pela Polícia Civil. O crime foi registrado no dia 9 de junho, na Avenida Champagnat, na Praia da Costa, em Vila Velha.

Mesmo sem a prisão do mandante, até o momento, três suspeitos já foram presos pelo crime. São eles: Arthur Laudevino Candeas Luppi, apontado como o motorista que dirigia o carro usado no assassinato, Arthur Neves de Barros, apontado como o executor Eferson Ferreira Alves, que seria o intermediador.

As apurações do caso tramitam em sigilo na Justiça do Espírito Santo. A decisão foi tomada pela juíza Paula Chaim, da 4ª Vara Criminal de Vila Velha, logo no começo das investigações.

A decisão judicial é para preservar o andamento, apurações e não atrapalhar o curso das investigações diante da ampla repercussão do caso.

Polícia identificou principal intermediário da morte 

Durante as investigações, apuração exclusiva da repórter Suellen Araújo, da TV Vitória/Record, identificou que Bruno da Silva, 30 anos, é o principal suspeito de ligação entre os executores e o mandante do assassinato.

Contra ele já há um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça, pela 4ª Vara Criminal de Vila Velha.

É a partir da prisão de Bruno da Silva que a polícia espera de fato chegar ao mandante da execução.

De acordo com apuração da reportagem, ele já tem passagens pela Justiça, em acusações de homicídio, em 2017, e também roubo. Bruno teria fugido do Espírito Santo logo após a morte de Wallace Lovato.

Quem são os três presos pelo crime?

Eferson, que é apontado como intermediador da execução, se entregou à polícia nesta segunda-feira (23). Ele teria contratado Arthur Neves de Barros, que é da Paraíba e é identificado que o homem que atirou no empresário. Eferson teria trazido o atirador da Paraíba até o Espírito Santo.

Além disso, a investigação aponta que foi esse intermediador é um dos responsáveis por conseguir um dos carros utilizados na fuga dos bandidos após o crime.

Arthur Neves foi preso no dia 19, na Paraíba. Segundo apuração, ele veio para o Espírito Santo três dias antes do crime e foi embora logo após a execução.

Já Arthur Luppi, que tem 22 anos e é capixaba, foi preso no dia 17, em Minas Gerais. Ele confessou que atuou como motorista na hora do assassinato, mas alegou que não sabia que estava na direção do carro para a prática de um homicídio.

Crime tem mandante, diz polícia

Quatro dias após a execução, o próprio secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Leonardo Damasceno, afirmou que o assassinato tem um mandante.

“Foi uma execução, foi um crime planejado, organizado, temos um mandante com toda a certeza”, declarou na ocasião, no dia 13 de junho.

A reportagem do Folha Vitória entrou em contato com a Polícia Civil para saber mais informações sobre as investigações do caso e o possível mandante para o crime. A matéria será atualizada.

Veja o vídeo do crime:

Relembre a morte do empresário

Wallace Borges Lovato foi assassinado na tarde do dia 9 de junho, na Avenida Champagnat, na Praia da Costa, com um tiro na cabeça.

O crime aconteceu em frente à empresa da vítima, a Globalsys, especializada em Tecnologia da Informação (TI). O carro da vítima, uma BMW, estava estacionado na mesma avenida.

O atirador estava no banco de trás de um carro, que se aproximou do empresário e disparou. O carro utilizado pelo atirador foi encontrado a 1,8 quilômetro do local do crime, na alça de acesso à Terceira Ponte, em Vila Velha, na tarde do dia 10. O veículo era roubado e estava com placas adulteradas.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

Produtora Web

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória