Polícia

Chacina em cemitério: vítimas foram “julgadas” por tribunal de crime antes de execução

Vinicius Coutinho da Costa, Kayque Siqueira da Silva e o adolescente Davy Ferreira Rosalvo foram mortos em Vila Velha

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Rodrigo Pereira Aranha, Deyvison Ruhan de Paula Barbosa, Jhonatan Souza Vieira, Raylander Santos de Freitas, João Vitor Oliveira de Andrade e Tiago da Silva Martins são apontados como executores. Foto: Polícia Civil/ Reproduçao
Rodrigo Pereira Aranha, Deyvison Ruhan de Paula Barbosa, Jhonatan Souza Vieira, Raylander Santos de Freitas, João Vitor Oliveira de Andrade e Tiago da Silva Martins são apontados como executores. Foto: Polícia Civil/ Reproduçao

Um tribunal do crime julgou e deu a sentença de morte para as vítimas da chacina ocorrida dentro do cemitério, no bairro Alvorada, em Vila Velha.

O caso foi registrado no dia 20 de dezembro de 2024 e vitimou: Vinicius Coutinho da Costa, de 27 anos, Kayque Siqueira da Silva, de 18 anos; e o adolescente Davy Ferreira Rosalvo, de 13.

Segundo o adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Cleudes Junior, no dia do crime, seis criminosos renderam as vítimas, no bairro Cobi de Baixo, e as levaram para o bairro Alvorada.

Eles passaram por um verdadeiro tribunal do crime: foram julgados e sentenciados à morte. Das quatro vítimas levadas, três morreram, inclusive um adolescente, de 13 anos, e uma vítima conseguiu fugir, mesmo que baleada.”

Cleudes Junior, delegado

Ainda conforme o delegado, inicialmente Vinícius foi o primeiro a ser morto, antes mesmo de chegar no cemitério, ao perceber que seria uma emboscada. “Ele tentou correr, e ali, entre Cobi de Baixo e Cobi de Cima, ele foi atingido ali. Quem atirou nesse momento foi o Gordinho Maldito e o Orelha”.

Vinicius Coutinho da Costa e Kayque Siqueira da Silva foram assassinados em cemitério. Foto: Montagem/ Folha Vitória

As investigações da Polícia Civil identificaram que os jovens foram mortos em uma emboscada motivada por um “racha na facção” entre a antiga com a nova liderança do Primeiro Comando Vermelho (PCV).

O delegado explicou que após o racha, lideranças mais novas queriam tomar o poder de pessoas mais antigas que dominavam o tráfico na região e começaram a promover ataques.

Veja o que disse o delegado:

Seis pessoas foram identificadas como autores

As investigações também apontaram a participação de seis autores e executores do crime. Entre eles três estão presos e três foragidos:

  • Rodrigo Pereira Aranha, de 20 anos, vulgo Patatá – Preso
  • Deyvison Ruhan de Paula Barbosa, de 27 anos, vulgo “Deivinho” – Preso
  • Jhonatan Souza Vieira, de 21 anos, vulgo Orelha – Preso
  • Raylander Santos de Freitas, de 29 anos – Foragido
  • João Vitor Oliveira de Andrade, de 20 anos, vulgo “Gordinho Maldito” – Foragido
  • Tiago da Silva Martins, de 21 anos, vulgo “Sete Vidas” – Foragido

Mensagens falavam sobre o racha da facção

O delegado também descreveu que foram encaminhadas mensagens em grupos de WhatsApp, dois dias antes do ataque em Vila Velha, com a informação de que a partir do momento, o PCV + CV (facções novas) não estariam mais em conjunto com as áreas de Cobi e GR (Morro da Garrafa).

Foto: Polícia Civil/ Divulgação

Polícia pede ajuda para localizar foragidos

A Polícia Civil pede ajuda para localizar os três homens que seguem foragidos após o crime de Vila Velha. Informações sobre o paradeiro dos acusados podem ser repassadas de forma anônima por meio do Disque-Denúncia 181, ou no site disquedenuncia181.es.gov.br.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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