Polícia

Comissão de Direitos Humanos vai acompanhar investigação sobre morte de rapaz em Cariacica

A polícia afirma que Cheslley estava armado, história que a família contesta

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Foto: Divulgação

A comissão de direitos humanos foi acionada por diversas denúncias anônimas e agora vai acompanhar a investigação da polícia sobre a morte de Cheslley de Oliveira Trabach, de 19 anos, em Vila Independência, no município de Cariacica.

“Recebemos várias mensagens e o vídeo onde observamos que houve, de fato, a violação dos direitos humanos. Agora vamos buscar informações para que todo esse caso seja esclarecido. Vamos acompanhar o inquérito, família, e buscar a defensoria para que todas as questões que possam ser originadas desse inquérito possa ter a defesa. Hoje não podemos dizer o que aconteceu. Só após a investigação vamos poder nos posicionar sobre isso”, disse Josandra Rupf, membro da Comissão de Direitos Humanos.

Cheslley foi assassinado com um tiro, na última terça-feira (07). A Polícia Militar (PM) afirma que policiais que patrulhavam a região foram surpreendidos por indivíduos que dispararam contra a viatura. Houve o confronto e o jovem acabou morto. A polícia ainda afirma que Cheslley estava armado, história que o pai não consegue acreditar. Assista:

Após a morte de Cheslley, familiares e amigos protestaram na Rodovia do Contorno. Foram dois dias de manifestação, fogo em pneus e tiros de bala de borracha, em Cariacica. Veja:

No sábado (11), a família de Cheslley recebeu a visita da Comissão de Direitos Humanos da sub-sessão 11 da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A comissão chegou sem alarde e conversou com a esposa e os pais de Cheslley. “Colhemos algumas informações. Vamos colocar a OAB à disposição dessa família para que de fato a gente saiba o que aconteceu naquele dia”, afirmou Rupf. 

Para Josandra, o fato de os policiais militares terem retirado o corpo da vítima da cena do crime deve ser investigado mas a PM informou por nota, que a corporação poderia responder por omissão de socorro, já que se tratava de uma emergência. “O que nós não podemos aceitar é o modo como foi feito. Por mais que se alegue que eles queriam chegar mais rápido até a unidade de saúde, eles deveriam ter organizado todo o procedimento. Mas além da forma como o levaram, tem que saber como foi essa abordagem policial.”

Com informações da repórter Adriana Berlinck, da TV Vitória!