Os homens acusados de estuprar duas jovens ainda continuam soltos. O crime aconteceu dentro de um sítio, em Viana. O pai das vítimas era caseiro do local onde os abusos aconteceram, em janeiro deste ano.
“É um trauma muito grande, igual ferida. Ela seca, mas a cicatriz fica. Quando eu vou ao sítio, a primeira coisa que eu lembro é de quando me renderam na chegada. Antigamente, a gente podia sair normal e dormir normal. Hoje a gente não pode mais. Infelizmente nós não temos uma resposta como esperávamos”, disse o pai.
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Após ver a família correndo perigo, ele precisou mudar de endereço e também abandonou o emprego de caseiro. Isso porque não teve segurança de continuar vivendo no sítio, onde passou mais de 15 anos com a esposa e os filhos. Apesar da paixão e do sossego que tinha no local, foi lá que ele passou os piores momentos da vida.
No dia do crime, o caseiro tinha acabado de sair com os filhos para encontrar com o restante da família na igreja. Os criminosos renderam primeiro o casal, junto com os três meninos mais novos, e colocaram todos dentro de um quarto da casa. Cerca de meia hora depois as jovens chegaram. Elas sofreram abusos psicológicos e sexuais.
Seis meses após o crime, a família ainda está com medo e os bandidos continuam soltos. Por isso, o caseiro fez um apelo. “Eu queria pedir, com toda educação, para as autoridades que se unissem e prendessem esses dois marginais. Não só eles, pois creio que tenham mais gente por trás. Alguém mandou fazer”.
Para o homem, que viu a família nas mãos de assaltantes e estupradores, só existe uma maneira de ter de volta uma vida de paz. “Colocando eles na cadeia a gente vai ficar melhor. Eles e quem mandou fazer”.
Em nota, a Polícia Civil informou que instaurou inquérito com pedido de prisão preventiva contra dois suspeitos. No entanto, eles continuam foragidos.
