
Um dos dois corpos encontrados no banco traseiro de um carro carbonizado na tarde de sábado (28), em uma estrada de chão no bairro Vila Cajueiro, em Cariacica, pode ser de Lucas Rogério de Oliveira, de 30 anos.
O pai do homem desaparecido, que não quis se identificar, esteve no local, onde reconheceu uma joia que pertencia ao filho junto a um dos corpos examinados pela perícia.
De acordo com o homem, ele e o filho não se viam há quase uma semana, mas sempre mantinham contato pelo telefone. Lucas não tinha passagens pela polícia e não falou à família sobre qualquer tipo de ameaça.
Tinha quase uma semana que eu não o via, somente contato por telefone. Ele trabalhava à noite, a gente sempre conversava quando chegava em casa. Ele era sempre conversador, sempre brincalhão, mas não deu nada de parecer nada de situação nenhuma.
Desaparecimento na sexta-feira
Lucas foi visto pela última vez na sexta-feira (27). Ele, acompanhado da namorada, foi ao pet shop da madrasta dele para deixarem uma cadela para tomar banho. Ele teria dito a elas que iria “cobrar algo”, e saiu de carro.
Ele voltou ao pet shop, onde buscou a namorada e a levou até a faculdade. Dali para frente, não foi mais visto.
“A partir daí não teve mais contato pelo telefone, por volta de 17h, não respondia mensagens e nem ligação. A namorada dele tem dois telefones, ela estava ligando e não conseguia falar com nenhum dos dois”, relatou o pai.
Ainda de acordo com ele, o carro em que o filho estava, que era novo, e blindado, teria sido visto em pelo menos três pontos de Campo Grande.
A polícia e a família foram informados sobre um veículo com as mesmas características pegando fogo na estrada de Vila Cajueiro, Quando os policiais chegaram ao local, o automóvel já estava destruído.
No banco de trás foram encontradas duas ossadas, uma na direção do banco do motorista e outra para o banco do carona.
Joia estava perto de corpo carbonizado
Segundo o pai, o que leva a crer que o corpo é de Lucas é o fato de ter sido encontrada uma corrente de ouro dada a ele como presente de aniversário anos atrás.
“Eu perguntei ao perito se tinham achado uma correntinha de ouro, que demos para ele uns anos atrás. Quando o perito pegou o corpo, eu vi a correntinha cair no chão. Não tenho palavras para a covardia que fizeram com ele”, desabafou.
A polícia agora investiga se as vítimas foram assassinadas no local onde os corpos foram encontrados ou se já foram levadas mortas para lá.
As ossadas foram enviadas ao Instituto Médico Legal (IML) onde passarão pelo exame cadavérico para identificação das vítimas.
*Com informações da repórter Luciana Leitch, da TV Vitória/Record