A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), que apura maus-tratos contra animais, vai investigar o caso do policial militar, de 32 anos, que teria praticado maus-tratos contra um cachorro no bairro Aroeira, em São Mateus, no Norte do Espírito Santo.
A Polícia Militar informou que, a partir das denúncias, uma equipe foi até a casa do suspeito na tarde de sábado (12). No local, o homem se identificou como PM e negou a prática de maus-tratos.
Nesta segunda-feira (14), a CPI dos Maus-Tratos, por meio da presidente, a deputada estadual Janete de Sá, informou por nota que recebeu o vídeo da agressão com muita tristeza, principalmente por se tratar de um policial militar.
A CPI também afirmou que vai seguir na investigação e no acompanhamento do caso, para que o PM não fique impune e que as devidas providências sejam tomadas. “Se for o caso, pedir a expulsão dele da Polícia Militar”.
Imagens mostram suspeito dando chutes no animal
As imagens mostram o suspeito dando vários chutes e também tapas no focinho do cachorro, que chora enquanto está preso pela coleira. Ele ainda pergunta ao animal: “Vai chorar? Vai chorar?”. Em outra cena, o policial joga água no focinho do cão e depois dá chute nele.
Diante do fato, o militar foi preso e conduzido à Delegacia Regional de São Mateus. A Polícia Civil informou que o suspeito foi autuado em flagrante por maus-tratos cometido contra cão. Após os procedimentos de praxe, ele foi encaminhado ao sistema prisional.
VEJA VÍDEO (CENAS FORTES):
Cachorro será colocado para adoção
Em nota, a PM disse que o policial é lotado no 13º Batalhão (São Mateus) e que o animal resgatado foi encaminhado para uma Organização Não Governamental (ONG) local, onde está recebendo os devidos cuidados e, posteriormente, será disponibilizado para adoção responsável.
Conduta de policial será apurada
Também por nota, a PM informou que está ciente do fato e que todas as ações necessárias serão conduzidas para apurar a conduta do policial.
“A Polícia Militar do Espírito Santo informa que está ciente do fato relatado e que todas as ações necessárias serão conduzidas para assegurar uma apuração rigorosa e imparcial da conduta do policial militar envolvido, elencando a aplicação da legislação vigente, o contraditório e a ampla defesa”.