Uma criança de 2 anos morreu após ingerir acidentalmente um produto de limpeza identificado como limpa-prata, na última segunda-feira (16), no município de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
O produto estava armazenado em uma garrafa pet, o que pode ter feito com que a criança confundisse o conteúdo com refrigerante, segundo relato dos familiares.
O acidente ocorreu durante uma mudança familiar, enquanto os adultos da casa se dividiam em diferentes tarefas. A mãe da criança estava fora no momento, enquanto a avó preparava o almoço e o padrasto montava um berço.
A garrafa contendo o produto químico foi colocada sobre a cama temporariamente durante o transporte de um eletrodoméstico. Nesse intervalo, a criança teria tido acesso ao frasco e ingerido o líquido.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado imediatamente e a criança foi levada para a UPA de Ibirité, sendo transferida posteriormente para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. No hospital, ela sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu.
Uma prima da família chegou a publicar um vídeo nas redes sociais lamentando o ocorrido e fazendo um alerta a outros pais e responsáveis sobre os perigos de deixar produtos tóxicos ao alcance de crianças. No entanto, após a repercussão do caso, a familiar optou por apagar as imagens e as publicações relacionadas à tragédia.
Família questiona atendimento médico
Parentes da vítima alegam negligência no atendimento inicial, afirmando que não foram adotadas medidas básicas, como lavagem gástrica, e que os profissionais inicialmente informaram que a criança “não estava em risco”.
Segundo os familiares, a ausência de ações emergenciais pode ter comprometido as chances de sobrevivência.
Mesmo diante da tragédia, os parentes decidiram transformar a dor em alerta público. A família destacou os perigos de armazenar produtos tóxicos em embalagens inadequadas, como garrafas de plástico, que podem ser confundidas com bebidas comuns por crianças ou até mesmo por adultos.