
Cento e sete crianças e adolescentes foram afastados de situações de trabalho infantil em lojas do setor calçadista nos municípios de Nova Serrana e Perdigão, em Minas Gerais.
A operação do Ministério do Trabalho e Emprego foi realizada entre os dias 22 e 26 de setembro e contou com a participação do Ministério Público do Trabalho e apoio da Polícia Federal.
Sessenta e cinco estabelecimentos, do total de 68 vistoriados, utilizavam a mão de obra de crianças e adolescentes, prática proibida pela legislação.
Foram afastados do trabalho infantil uma criança de 11 anos, dois adolescentes de 13 anos e 104 jovens com idades entre 14 e 17 anos.
Dos 107 jovens, 63% eram meninos e 27% meninas. 23 se autodeclararam brancas, 23 negros, 46 pardos e outras 15 não informaram etnia. Além disso, cerca de 23% do total não frequentavam a escola, e 12% não quiseram responder.
A Auditoria Fiscal do Trabalho identificou que os adolescentes ficavam expostos a solventes químicos, ruídos acima do limite de tolerância e ferramentas perfurocortantes.
Após as vistorias, foi determinado o afastamento do trabalho dos menores de 16 anos e o encaminhamento para a rede de proteção social, saúde e educação. Já os jovens de 16 e 17 anos devem mudar de função.