Polícia

Defensoria diz que há presos desaparecidos em Cascavel

A informação foi repassada no final da manhã pela Defensoria Pública do Estado do Paraná, que acompanha desde o início o motim no último domingo. A penitenciária ficou destruída

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O motim começou no último domingo Foto: Central Gazeta de Notícias/Divulgação/Estadão Conteúdo

São Paulo – A rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC) terminou na madrugada desta terça-feira, 26, quando os dois agentes penitenciários que estavam reféns foram libertados pelos presos. O comando da Polícia Militar informou que cinco pessoas foram mortas (duas delas decapitadas), mas esse número pode aumentar porque há detentos desaparecidos.

A informação foi repassada no final da manhã desta terça-feira pela Defensoria Pública do Estado do Paraná, que acompanha desde o início o motim no último domingo, 24. “Que há desaparecidos é um fato, mas é preciso esperar para saber se fugiram ou foram mortos”, disse o defensor público de Cascavel, Marcelo Diniz.

Cinco defensores públicos de diversas cidades paranaenses foram deslocados para acompanhar o trabalho de rescaldo na penitenciária, que ficou praticamente destruída.

De acordo com os defensores, é preciso aguardar o trabalho de “varredura” que está sendo feito dentro das galerias da PEC para avaliar a real situação do que aconteceu durante a rebelião, uma das piores da história do sistema carcerário do Paraná, por causa da brutalidade e da violência.

Corpos

Na manhã desta terça-feira, quatro corpos de vítimas da rebelião chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) de Cascavel.

De acordo com o órgão, dois dos quatro corpos estão intactos – um deles tinha uma corda em volta do pescoço e o outro estava com as mãos amarradas com corda. Uma das vítimas tem uma tatuagem no braço com a frase “Deus é fiel”. Os outros dois corpos que chegaram ao IML estão mutilados, com partes carbonizadas.

Durante a madrugada desta terça-feira, foi concluída a transferência dos 851 detentos. Eles seguiram para unidades de Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Cruzeiro do Oeste, Maringá e Curitiba.

Cerca de 200 presos permanecem na PEC. Eles estão abrigados em uma da galeria que não foi destruída durante o motim.