Polícia

Defesa de Hilário Frasson desiste de interrogar chefe da Polícia Civil durante audiência do caso Milena

Guilherme Daré seria a primeira testemunha de defesa a prestar depoimento na tarde desta terça-feira, terceiro dia de audiências de instrução do caso

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Defesa de Hilário Frasson desiste de interrogar chefe da Polícia Civil durante audiência do caso Milena
Guilherme Daré seria o primeiro a prestar depoimento na tarde desta terça-feira

A defesa do policial civil Hilário Frasson, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da médica Milena Gottardi, desistiu de ouvir o chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, delegado Guilherme Daré, durante o terceiro dia de audiências de instrução sobre o caso. O motivo da desistência foi o fato de o chefe da PCES ter se recusado a falar diante dos réus.

Daré seria a primeira testemunha de defesa, arrolada pela defesa de Hilário, a prestar depoimento na tarde desta terça-feira (30). Com a desistência, quem deu sequência aos depoimentos foi o porteiro do prédio em que Milena e Hilário moravam. Em seguida, teve início o depoimento de um assessor do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).

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Ao todo, oito pessoas foram ouvidas ao longo desta terça-feira, sendo três no período da manhã e cinco à tarde. As testemunhas do terceiro dia de audiências foram convocadas pelos advogados de Hilário e Esperidião Frasson, acusados de serem os mandantes do assassinato de Milena, e também de Valcir Dias, apontado como um dos intermediários do crime. Os depoimentos terminaram por volta das 16 horas e os réus deixaram o Fórum Criminal de Vitória, no Centro da Capital, por volta das 17h40.

“As perguntas giraram mais sobre a personalidade, a relação com os filhos. Foi falado muito sobre a questão da agressão à própria vítima. E as testemunhas foram categóricas em afirmar que era um relacionamento amistoso, cordial. Inclusive nos dois depoimentos houve surpresa no que diz respeito à relação do Hilário com a vítima”, disse o advogado Leonardo Rocha, responsável pelas defesas do acusado de ser o executor do crime, Dionathas Alves, e do cunhado dele, Bruno Broetto, acusado de providenciar a moto usada no crime.

Padre não comparece ao fórum

Audiências têm sido realizadas no Fórum Criminal de Vitória, no Centro da capital

Duas testemunhas do ex-marido de Milena, entre elas o padre Pedro Luchi, alegaram estar viajando e não compareceram ao Fórum Criminal de Vitória nesta terça. As últimas três testemunhas do dia foram chamadas pela defesa de Valcir Dias.

“[As testemunhas] vieram falar do Hilário, como era uma pessoa trabalhadora, com bom relacionamento no serviço e que não expressava nenhum tipo de violência contra nenhum dos colegas de trabalho. Mas teve testemunha que disse que ele era um pouco obsessivo com relação à Milena e que estava consternado pelo fato dela querer se separar dele, o que vem a favor do que diz a denúncia, de que o Hilário não queria a separação”, ressaltou o promotor do caso, Jérson Ramos.

Já as pessoas convocadas pela defesa de Dionathas Alves e Bruno Broetto foram dispensadas. “Então ficou mais ou menos as testemunhas de defesa do Hilário e do réu Valcir. Nenhum fato novo, apenas a questão da conduta, contrapondo, de forma direta, os depoimentos que foram prestados pelas testemunhas de acusação, no que diz respeito ao perfil e à personalidade do acusado Hilário. Vamos aguardar amanhã as demais testemunhas”, destacou Leonardo.

Para o advogado da família de Milena Gottardi, Renan Sales, os depoimentos não vão aliviar a situação dos acusados. “Em nada muda todo o conjunto probatório que já foi firmado nos autos. Há prova técnica e testemunhal também firme no sentido de que os seis acusados que estão presos foram quem tramaram a morte da doutora Milena e a executaram. Então, em que pesem os depoimentos de hoje, nada mudou todo o conjunto probatório que já exitem nos autos”, afirmou.

Nesta quarta-feira (31), serão ouvidas mais quatro testemunhas de Valcir e uma de Hermenegildo Palauro, que também é apontado como intermediário do assassinato de Milena Gottardi.