Polícia

Delegado diz que morte de procurador em Linhares foi motivada por esquema de agiotagem

De acordo com o delegado responsável pela investigação, o crime foi motivado por agiotagem; Sidney Barbosa e Jean Carlos Correia Laurindo também foram presos

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Marcelo Vaccari Quartezani foi encontrado morto em uma estrada de chão Foto: Reprodução

As investigações da morte do procurador da Câmara de Conceição da Barra, Marcelo Vaccari Quartezani, em julho deste ano, tiveram novos rumos na tarde da última quarta-feira (08). Segundo a polícia, Vaccari estava envolvido em um esquema de agiotagem.

De acordo com o delegado Walter Barcelos, responsável pela investigação, o crime foi motivado por agiotagem. Sidney Barbosa e Jean Carlos Correia Laurindo, foram presos na tarde de quarta-feira (08), em Conceição da Barra, por estarem envolvidos no crime.

Segundo o delegado, Jean seria sócio do procurador na atividade de agiotagem, mas acabou decidindo roubar uma bolsa com R$ 130 mil de Marcelo. Ele teria “convidado” Sidney para participar do crime.

Sidney, por sua vez, contratou outros três homens, que já estão presos: Jânio Luiz vaccari Filho, que é primo da vítima, Thiago Alves Miguel e Geovanilson Tibúrcio de Araújo.

Entenda o caso

O procurador da Câmara Municipal de Conceição da Barra, Marcelo Vaccari Quartezani, foi encontrado morto em uma estrada de chão no bairro Jataipeba, em Linhares, no dia 26 de julho. Segundo o delegado responsável pelo caso, Fabrício Lucindo, a vítima tinha duas marcas de tiros no corpo. 

Acusados de crime são presos

Na madrugada do dia 11 de setembro, foram presas três pessoas acusadas de matar o procurador. Entre elas está o primo da vítima. Vaccari trabalhava como procurador na Câmara Municipal de Conceição da Barra. De acordo com a polícia, o crime teria sido praticado por Jânio Luiz Vaccari Filho, de 24 anos, primo da vítima. Segundo os investigadores, por conhecer os detalhes da residência do procurador, Jânio articulou o roubo almejando os objetos de valor e dinheiro existente dentro da casa do procurador.

Após planejar o crime, Jânio teria pedido ajuda a dois comparsas, identificados como Tiago Alves Miguel, e Geovanilson Tibúrcio de Araújo, o “Buíno Tubarão”, para executar o roubo. A polícia acredita que a arma que vitimou o procurador tenha sido fornecida por Thiago, que em troca, exigiu parte do valor roubado.

Segundo a polícia, o primo da vítima, junto com Geovanilson, conseguiu entrar no imóvel de Marcelo após pular o muro da residência. Ao chegar em casa, Marcelo foi rendido e teve os seus objetos pessoais roubados. A vítima foi amarrada com uma corda de varal e colocada dentro do porta-malas do próprio veículo.

De acordo com o delegado Fabrício Lucindo, titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Linhares, a intenção inicial era roubar o procurador. Mas o grupo ficou com medo de o procurador reconhecer o primo e, por isso, acabaram o matando. “O Jânio planejou com detalhes como o crime seria realizado. Por ser parente da vítima, ele tinha conhecimento de na casa do seu primo tinha objetivos de valor e dinheiro guardados. Eles mataram por dinheiro”, disse.

Os criminosos levaram Marcelo trancado dentro do compartimento do carro até o município de Linhares. Durante o trajeto, a polícia acredita que a dupla tenha ligado para Tiago Alves pedindo ajuda para matar e incendiar o veículo do procurador. Em depoimento, os suspeitos informaram que foi Tiago quem comprou a gasolina para incendiar o carro. O primo de Marcelo, Jânio Vaccari, é o principal suspeito de ter disparado dois tiros contra a cabeça da vítima.

Após terem matado Marcelo, os criminosos saíram em um carro próprio e no carro da vítima. Os três suspeitos foram até o mesmo lugar: Humaitá, onde o automóvel da vítima foi incendiado. A polícia informou que após a realização do crime, o trio retornou a Linhares e partilhou o dinheiro e os objetos pessoas da vítima.

Em interrogatório, Geovanilson e Tiago confessaram o crime e detalharam como participaram da ocasião. Jânio, apesar de ter sido apontado pelos comparsas como o mandante do crime, afirmou não ter nenhuma participação no latrocínio. Após o interrogatório, os acusados foram encaminhados para o Presídio de Linhares, onde seguem à disposição da Justiça.