
Um capixaba está entre os mais de 130 mortos na megaoperação policial que ocorreu nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro. A ação teve como alvo a facção criminosa Comando Vermelho. Mais de 80 pessoas foram presas ao longo do dia.
Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, Alisson Lemos Rocha, de 27 anos, era morador de Nova Carapina, na Serra. Conhecido como “Russo” ou “Gordinho do Valão”, o rapaz era investigado por envolvimento com o tráfico de drogas e pela participação em um homicídio.
De acordo com o delegado adjunto da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa da Serra, Pedro Henrique, apesar de Alisson não atuar no comando do Comando Vermelho, ele era considerado extremamente perigoso.
“Era um indivíduo extremamente perigoso. Embora não exercesse a cadeira mais alta nas facções, tinha uma atuação muito constante no bairro Barro Branco, que tem conexão com o tráfico de bairros da Serra. Ele era uma das lideranças de Barro Branco. Em virtude de um homicídio que ocorreu em abril, ele fugiu para o Complexo do Alemão“
A vítima foi morta na manhã de 13 de abril, no bairro Residencial Mestre Álvaro. Além de Alisson, outros dois suspeitos são investigados pelo crime.
Operação no Rio deixou mais de 130 mortos
Segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, a ação deixou, até o momento, 132 mortos. A megaoperação é considerada a mais letal da história do Estado.
Na manhã desta quarta-feira (29), moradores do Complexo da Penha, na zona norte carioca, levaram ao menos 60 corpos para a Praça São Lucas.
Em entrevista à imprensa, o secretário da Polícia Militar do Rio, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, disse que os cadáveres levados pelos moradores não estavam na contagem oficial divulgada. Pelos números, são 64 mortos. O governo ainda não atualizou o balanço oficial.