
O corpo da diarista Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, foi encontrado na manhã desta quinta-feira (1º) com ferimentos na cabeça e pés e mãos amarradas, segundo investigadores da Polícia Civil.
O corpo estava enterrado em uma área de matagal, às margens da Rodovia Leste-Oeste, no Vale Encantado, em Vila Velha, durante buscas feitas pela família.
A região onde o corpo foi encontrado é próxima do local onde policiais civis e militares do Corpo de Bombeiros realizaram buscas pela diarista com a ajuda de cães farejadores, na tarde de quarta-feira (30).
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Durante a análise no local, o investigador Santana confirmou que a diarista estava com os pés e as mãos amarrados com uma camisa branca, em posição que impedia qualquer chance de defesa. “Estavam amarrados para trás, o que dificultava que a vítima se protegesse da violência que sofreu”, afirmou o policial.
Apesar do avançado estado de decomposição do corpo, foi possível identificar uma pancada na cabeça. “Era um pouco difícil, porque o corpo já estava em decomposição, mas em algumas partes foi possível verificar sinais de violência, principalmente na região da cabeça”, explicou.
Cartão de diarista não foi encontrado
Ainda segundo o investigador, a chave da diarista foi encontrada perto do corpo. “Os familiares comentaram que ela estava com um cartão de crédito e uma chave, quando saiu de casa. A gente conseguiu achar a chave enterrada também e foi devolvida ali mesmo no local”, completou.
O local onde o corpo foi localizado é de difícil acesso, o que chamou a atenção da polícia. “É uma região de mata fechada, com acesso praticamente inviável pela Leste-Oeste, porque há um brejo. Só alguém que conhece muito bem esse local conseguiria chegar até ali”, pontuou o policial.
Câmeras podem ajudar na investigação
A equipe já começou a buscar imagens de câmeras da região para tentar entender como a vítima chegou até o local onde foi encontrada. “Já percorremos a área em busca de câmeras. Algumas imagens já foram recolhidas e a investigação continua”, disse.
A polícia ainda investiga se a vítima foi levada até o local já sem vida ou se foi assassinada ali. “É um trabalho da delegacia de desaparecidos. Vamos analisar direitinho com o DML para entender se houve deslocamento do corpo ou se tudo aconteceu ali mesmo”, afirmou.
Por fim, o investigador não descartou a possibilidade de mais pessoas envolvidas no crime. “Ainda não sabemos se foi uma ou mais pessoas, mas vamos verificar isso com câmeras e informações da população local”, finalizou.