
A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira, 28, Edgar Alves de Andrade, o “Doca ou Urso”, de 55 anos, e Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão do Quintungo”, apontados como as principais lideranças do Comando Vermelho no Rio de Janeiro.
Ao menos dois policiais civis e 18 criminosos morreram e outros 79 criminosos foram presos durante uma megaoperação na capital fluminense.
O Disque Denúncia divulgou, nesta terça-feira (28), um cartaz que oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem a polícia a capturar o “Doca”. Esse é o maior prêmio da história do serviço, ao lado dos R$ 100 mil oferecidos por informações que levassem a Fernandinho Beira-Mar em 2000.
Quem é Doca?
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Doca é a principal liderança do Comando Vermelho no Complexo da Penha e em outras comunidades da zona oeste do Rio, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) denunciou Doca e outras 66 pessoas pelo crime de associação para o tráfico. Três deles também foram denunciados por tortura.
Ele é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores. Havia 34 mandados de prisão em aberto contra o traficante, de acordo com dados do Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP).
Doca é apontado como o mandante da execução de três médicos na zona sudoeste do Rio em outubro de 2023. As vítimas foram mortas por engano porque um deles foi confundido com o verdadeiro alvo dos criminosos.
Em maio deste ano, o MPRJ denunciou Doca, e outros dois criminosos pelo ataque a uma delegacia em Duque de Caxias. Segundo as investigações, o criminoso teria ordenado a invasão à unidade, no dia 15 de fevereiro de 2025. Eles respondem por tentativa de homicídio qualificado, dano qualificado, tortura e associação para o tráfico.
Os criminosos tentavam resgatar Rodolfo Manhães Viana, o Rato, preso horas antes da invasão por tráfico e associação para o tráfico, na Comunidade Vai Quem Quer. Armados com fuzis e granadas, os criminosos invadiram a delegacia, feriram dois agentes e torturaram um deles em busca de informações sobre o paradeiro de Rato, que já havia sido transferido para a Polinter, na Cidade da Polícia.