
Na noite desta sexta-feira (31), dois internos foram mortos em unidades prisionais do Espírito Santo. O primeiro caso ocorreu no Centro de Detenção Provisória de Aracruz, enquanto o segundo crime foi registrado no presídio de Xuri, no município de Vila Velha.
O detento morto no presídio de Aracruz foi identificado como Valcenir Crosse, de 48 anos. Ele foi encontrado ferido dentro da cela. Segundo relatos de outros detentos, ele teria se machucado sozinho, mas as lesões no rosto e nos pés não eram compatíveis com a versão apresentada pelos outros internos.
Ele recebeu atendimento médico na própria unidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Dois detentos, de 19 e 27 anos, encaminhados à Delegacia Regional de Aracruz e autuados por homicídio, sendo novamente encaminhados ao presídio. O caso segue em investigação pela Polícia Civil. O corpo foi encaminhado à SML de Linhares.
Valcenir havia sido transferido para a unidade no dia 28 de outubro.
Caso Xuri: briga resulta em estrangulamento
Moisés Tavares Pereira morreu após ser estrangulado por outro detento durante uma briga. O suspeito, Daniel Fernandes de Souza, de 29 anos, foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe e conduzido à Delegacia Regional de Vila Velha, sendo posteriormente recolhido ao sistema prisional.
Moisés cumpria pena desde setembro de 2016 pelo crime de dano. O caso foi registrado na Delegacia Regional de Vila Velha e segue sob investigação da Polícia Civil. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, em Vitória.
Superlotação e medidas do governo
A Secretaria de Justiça (Sejus) esclarece que a superlotação no sistema prisional é uma realidade nacional. Mesmo diante desse desafio, o Espírito Santo mantém controle, guarda e vigilância de todas as unidades prisionais capixabas.
O governo estadual tem adotado medidas permanentes para fortalecer o sistema, com investimentos em tecnologia, ações de inteligência, abertura de novas vagas e recomposição dos quadros da Polícia Penal. A Sejus reforça que os casos registrados nas unidades prisionais foram pontuais e não estão relacionados à falta de efetivo.