Polícia

“Ele não está mais aqui para se defender”, diz esposa de advogado assassinado

Os quatro envolvidos no crime, sendo dois empresários apontados como mandantes, e os dois executores, foram presos pela Polícia Civil na última segunda-feira (14)

“Ele não está mais aqui para se defender”, diz esposa de advogado assassinado “Ele não está mais aqui para se defender”, diz esposa de advogado assassinado “Ele não está mais aqui para se defender”, diz esposa de advogado assassinado “Ele não está mais aqui para se defender”, diz esposa de advogado assassinado
“Ele não está mais aqui para se defender”, diz esposa de advogado assassinado

A esposa do advogado Fernando da Costa Ghio, de 35 anos, assassinado no dia 14 de julho deste ano, parabenizou o trabalho da Polícia Civil de Cachoeiro, que prendeu na última segunda-feira (14), os quatro envolvidos na morte do marido, sendo dois empresários apontados como mandantes e os dois executores do crime. Ingrid Cheibub Ghio, analista judiciário do TRE/ES, está grávida de seis meses e meio da primeira filha do casal.

Segundo ela, a apuração do caso gera dúvida e contradições. “Gostaria de parabenizar pelo trabalho do delegado Guilherme Eugênio e sua equipe, que muito se empenharam para solucionar o caso. E gostaria de esclarecer que grande parte das conclusões foram obtidas pelo depoimento dos envolvidos, o que gera algumas dúvidas e contradições, não sendo possível saber a versão dos fatos por parte do Fernando. Por exemplo, como o mencionado profissional liberal pagaria R$ 30 mil a Fernando se ele devia dinheiro à vítima? Essas e outras questões precisam de um melhor esclarecimento”, comenta.

A servidora pública federal acompanha o caso de perto e ressalta que espera Justiça. “Não vou defender nenhum lado e nem sustentar nenhuma tese, até porque o caso sequer foi analisado pelo poder judiciário. Mas o que não se deve é tirar conclusões com base no depoimento de envolvidos num crime, e que, por óbvio, tentarão amenizar ou até mesmo alterar os fatos”, continua.

Quanto à versão do crime apresentada pelos envolvidos, Ingrid reafirma que prefere aguardar a análise e julgamento do caso. “O que existe de concreto é a confissão dos envolvidos. De resto, prefiro aguardar a análise e julgamento pelo poder judiciário sem tecer maiores comentários sobre o caso, lembrando apenas que quem morreu foi o Fernando, que não está mais aqui para se defender dessa história surreal”, completa.

Prisão

Na última segunda-feira (14), os irmãos: César Junior Almeida dos Santos, de 29 anos, e Anderson Cleyton Fardim, de 36 anos, ambos empresários do ramo de jóias; os executores do advogado, Leonardo Prett Porto, de 40 anos, e Creison Robeiro da Silva, de 31 anos, tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça de Cachoeiro, e foram presos.

Um quinto envolvido no caso teve o pedido de prisão negado pela Justiça e o nome não foi revelado pela Polícia Civil. Nas investigações, é apontado por ter ordenado a morte de um dos empresários envolvidos no crime.

A motivação do caso não ficou clara para a Polícia Civil. O inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça.