O latrocínio do empresário, Carlos José Pereira, de 62 anos, encontrado morto dentro de seu carro em um posto de combustíveis na Reta da Penha, em Vitória, foi planejado pelo autor do crime. O caso foi registrado no dia 25 de julho de 2025. A vítima foi dopada e asfixiada até a morte, segundo a polícia.

Paulo da Silva de Oliveira, de 29 anos, identificado como o autor do crime, foi preso no dia 1º de agosto, após ser flagrado por câmeras de segurança. Com ele foram encontrados o celular e outros pertences do empresário.

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (15), a Polícia Civil descreveu que Paulo veio do Amazonas e chegou no Estado há cerca de um ano. No período, trabalhou como motorista de aplicativo e como garçom em um bar na Serra, onde conheceu a vítima.

Imagem mostra Paulo da Silva de Oliveira no carro com empresário Carlos José Pereira
Imagem mostra Paulo da Silva de Oliveira (destaque) no carro com empresário. Foto: Câmeras de videomonitoramento/Reprodução

Nesse estabelecimento, ele conheceu a vítima. Ela frequentava o bar enquanto o Paulo era o garçom e eles já tinham saído algumas vezes, cerca de três ou quatro vezes. Nessa última vez foi quando o Paulo já saiu com a maldade, com a intenção de fazer esse crime de roubo.”

Ramiro Diniz, chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vitória

Vítima buscou o assassino de carro na Serra

Durante as investigações, foi identificado que, dois dias antes do crime, no dia 23 de julho, a vítima buscou o suspeito nas proximidades do Terminal de Carapina, na Serra, para irem até a Cachoeira Véu da Noiva, em Santa Leopoldina, na região Serrana do Estado.

Suspeito foi visto saindo do carro do empresário Carlos José Pereira
Suspeito foi visto saindo do carro do empresário Carlos José Pereira. Foto: Câmera de vigilância e Acervo pessoal

Paulo, que já estava planejando o crime, portava uma mochila com uma faca, na intenção de render e subtrair os bens da vítima durante a viagem.

“Chegando próximo à cachoeira, o Paulo anuncia esse assalto, passa para a direção do veículo. Coloca a vítima no banco do carona, ministra um medicamento para tranquilizar e para diminuir a resistência da vítima”, afirma o delegado Ramiro Diniz.

Carlos José permaneceu por mais de oito horas sob o poder de Paulo, que tenta fazer transações bancárias com o cartão da vítima. “A maioria delas não funcionou e por fim ele vai até o posto onde o crime ocorreu e planejava sacar o dinheiro restante da vítima”.

Empresário foi asfixiado ao tentar pedir socorro

No momento em que chegam no posto de gasolina, Carlos tenta realizar um pedido de socorro ao perceber uma movimentação no estabelecimento em Vitória. Diante disso, Paulo asfixia a vítima com as mãos.

“Paulo, percebendo que o Carlos planejava solicitar ajuda, vai até ele, o asfixia com as mãos e o mata no carro. Em seguida, ele sai, está com uma luva cirúrgica, máscara, boné, blusa de manga comprida, calça, tudo para não ser reconhecido, e passa mais de vinte minutos limpando os digitais no carro”, disse o delegado.

Em seguida, Paulo saiu levando alguns pertences da vítima, como, por exemplo, um cordão, celular e fugiu para o município da Serra.

Suspeito foi preso durante outro crime

Segundo a Polícia Civil, Paulo foi preso em flagrante no dia 26 de julho de 2025, no bairro Costa Bela, na Serra, após invadir a casa de um homem, o qual afirmava ter um relacionamento virtual.

No sábado, ele foi preso em outra situação, invadiu a casa de um indivíduo em Costa Bela, na Serra, que afirmava ter um relacionamento virtual com o indivíduo. Foi até lá para conhecê-lo pessoalmente, só que foi com a faca e quando pulou na casa, chamaram a polícia e acabou preso em flagrante.”

Ramiro Diniz, delegado

Na casa da Paulo, localizada no bairro Taquara, os policiais conseguiram encontrar a roupa que o assassino estava utilizando no dia do latrocínio, além de pertences da vítima, como o aparelho celular.

A Polícia Civil também destacou que Paulo da Silva de Oliveira foi preso pelo crime de latrocínio, cuja pena prevista é de reclusão de 20 a 30 anos, além de multa.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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