O empresário Weyder Siqueira de Andrade, de 45 anos, é apontado como líder de uma organização criminosa responsável por um esquema de tráfico de drogas no Espírito Santo. Ele é proprietário de uma empresa de transportes no Rio Grande do Norte.
Weyder é suspeito de ser o dono de mais de 1 tonelada de cocaína apreendida em uma marina, no bairro Perocão, em Guarapari, em abril deste ano.
Segundo a investigação, o empresário alugava um imóvel na marina, que era utilizado por dois comparsas, subordinados a ele: Stephon Oliveira do Couto Kalin, Luiz Fernando Lúcio Pimentel, conhecido como “Fernandinho”.
Os dois comparsas eram responsáveis por vigiar a droga, que ficava escondida em um dos cômodos do imóvel, a mando de Weyder. Os suspeitos chegavam a pernoitar no local. A cocaína era monitorada por equipamento de rastreamento 24h.
Além disso, o imóvel também contava com câmeras de videomonitoramento, que acompanhavam toda a movimentação no local utilizado para esconder a droga. A informação foi confirmada pela própria namorada do empresário, em depoimento à polícia.
Nas imagens fica claro que os suspeitos tinham acesso a todos os cômodos da casa, inclusive ao pavimento onde as drogas estavam escondidas, segundo o Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
Um quarto membro da quadrilha, Paulo Alexandre Silva Paz, apontado como responsável por pilotar uma lancha que serviria para transportar as drogas, também foi visto nas imagens e ia à casa com frequência.
Ainda segundo a denúncia do MPES, há relatos de que Paulo tenha subitamente aumentado seu poder aquisitivo logo depois de começar a se associar a Weyder.
Stephon, Luiz Fernando e Paulo Alexandre já estão presos, mas Weyder segue foragido. O MPES pede à Justiça a manutenção da prisão dos acusados, além de que aceite denúncia contra eles pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Além disso, também solicita que os acusados sejam condenados ao pagamento de indenização no valor de R$ 100 milhões em dano moral coletivo à sociedade.
Relembre o caso
Na manhã de 2 de abril, policiais militares apreenderam a cocaína, além de um fuzil AR-15 na marina de Perocão, em Guarapari.
A droga era avaliada em cerca de R$ 150 milhões e estava embalada de forma a ser transportada, a polícia relatou que a cocaína seria transportada de barco para fora do país.