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Empresário que pilotava lancha em acidente que matou estudante em Vitória está em casa

O habeas corpus apresentado pela defesa de José Silvino Pinafo foi aceito na segunda-feira. Ele estava preso há quase uma semana

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Foto: Reprodução | Leitor

Após uma semana preso, José Silvino Pinafo foi para casa depois que a Justiça aceitou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa na segunda-feira (14) e o alvará foi cumprido. Pinafo pilotava a lancha envolvida em um acidente que causou a morte da estudante de Fisioterapia Bruna França Zocca, de 25 anos, no dia 25 de julho do ano passado, na Baía de Vitória.

De acordo com o advogado Douglas de Jesus Luz, responsável pela defesa do empresário, o empresário já está em casa. 

José Silvino foi preso na última terça-feira (08), após ser denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) por homicídio. Além da morte da jovem, que era noiva do empresário, o acidente deixou duas pessoas feridas. O inquérito policial que apurou o caso foi concluído no dia 12 de maio deste ano e encaminhado à Justiça.

Denúncia

Segundo informações passadas pelo MPES, José Silvino Pinafo responde por homicídio doloso, com intenção de matar (dolo eventual), qualificado pelo perigo comum e pelo recurso que dificultou a defesa das vítimas, tentativa de homicídio, com agravantes de o condutor estar sob efeito de bebida alcoólica e pela situação do período de calamidade pública, por conta da pandemia da covid-19.

De acordo com a denúncia, o condutor ingeriu bebida alcoólica, conduziu a embarcação em alta velocidade e em local inapropriado. Segundo o MPES, após ter realizado uma manobra irresponsável, bateu e uma passarela do terminal de uma empresa, causando o acidente.

Veja a denúncia do MPES

Ainda segundos os autos, com o impacto, Bruna foi arremessada ao mar e morreu no local. Outras duas pessoas que estavam na lancha ficaram gravemente feridas, foram socorridas e levadas a um hospital.

O MPES também ressaltou, na denúncia, que o responsável pela condução da lancha tem 55 infrações de trânsito, três suspensões do direito de dirigir, além de infração específica referente à condução de veículo automotor sob influência de álcool.

Relembre o caso

O acidente que tirou a vida de Bruna aconteceu nas proximidades das instalações do Porto de Vitória, na altura da Ilha do Príncipe, na capital. Na época, a Marinha informou que o local não era liberado para o tráfego e fundeio de embarcações.

A lancha, conduzida pelo empresário José Silvino Pinafo, dono da embarcação, colidiu em uma estrutura de aço. O condutor ficou ferido e precisou ser internado. Já Bruna, que era noiva dele, morreu no local.

Segundo testemunhas, o dono da embarcação teve o pulmão perfurado e sete costelas quebradas. Por causa dos ferimentos, José precisou ser internado em um hospital da capital. O empresário recebeu alta hospitalar dois dias após o acidente.

José Silvino, que tem experiência com pilotagem marítima, havia comprado a lancha cerca de um mês antes da batida.

Segundo a Marinha, o empresário é habilitado e a lancha estava devidamente regularizada junto à Capitania dos Portos. Ela possui capacidade para 13 pessoas. No momento da batida, havia sete ocupantes na embarcação.

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