Emília Breda e Eduardo Saudino
(Fotos: Reprodução / Instagram)

O empresário Eduardo Saudino, de 37 anos, réu pela morte da cerimonialista Emília Oliosi Breda, de 26 anos, foi preso pela equipe da Delegacia de Delitos de Trânsito, na manhã desta quinta-feira (11), em Alfredo Chaves, no Sul do Espírito Santo.

Emília morreu após o carro em que ela estava com o empresário, seu então namorado, capotar às margens da ES-375, na zona rural de Anchieta, Sul do Espírito Santo, no dia 15 de fevereiro de 2024. Eduardo foi lançado para fora do veículo, e a jovem ficou presa às ferragens.

Segundo o Ministério Público do Estado (MPES), na ocasião, Eduardo teria dito que quem dirigia o veículo era a namorada, mas ela morreu ainda no local da batida, e o caso foi considerado, naquele momento, um acidente de trânsito.

No entanto, o órgão ministerial ofereceu denúncia contra Eduardo por homicídio com dolo eventual duplamente qualificado, e a denúncia foi aceita pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Anchieta, tornando Eduardo réu pelo crime. Ele pode ir a júri popular.

Na manhã desta quinta-feira (11), a equipe da Delegacia de Delitos de Trânsito localizou o empresário em Alfredo Chaves. Após ser preso, Eduardo foi encaminhado até a sede da delegacia, em Vitória.

Denúncia afirma que empresário dirigia veículo no momento do acidente

Segundo a denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Eduardo era quem dirigia o veículo. Ele não tinha permissão para dirigir, estava alcoolizado e conduzia o veículo em alta velocidade, segundo a denúncia.

“Apurou-se que o denunciado, assumindo o risco de produzir o resultado morte, conduzia o veículo sem a devida permissão para dirigir, apresentando sinais que indicavam capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool e em alta velocidade, quando perdeu o controle da direção do veículo e colidiu contra um bloco de concreto lateral a via, sofrendo capotamento e colidindo diversas vezes contra o solo, vindo a parar após esses impactos, invadindo a vegetação existente às margens da rodovia”, diz o MPES na denúncia.

O documento refuta a versão dada pelo acusado de que era a vítima quem dirigia no momento do capotamento. “Verificou-se que ela se encontrava no banco do carona, presa pelo cinto de segurança”, diz a denúncia.

Uma evidência que corroboraria a informação de que o veículo estava em alta velocidade foi o fato de o carro ter parado a aproximadamente 110 metros após o ponto inicial do
impacto. Essa constatação, segundo o MPES, revela a gravidade e intensidade da colisão, “impondo à vítima sofrimento excessivo e demonstrando a antevisão a respeito do resultado assumido”.

O que disse a defesa do empresário

Procurada na segunda-feira (8) sobre a denúncia aceita pela Justiça contra Eduardo Saudino, a defesa do empresário disse ao Folha Vitória que era o réu quem dirigia o carro no momento do acidente. No entanto, o advogado Fernando Ottoni, que representa Eduardo no processo, afirmou que o cliente não se lembra de ter dito que Emília era a condutora no dia da colisão.

“A respeito da suposta informação de que o senhor Eduardo, enquanto aguardava atendimento, teria afirmado que a senhora Emília era a condutora do veículo, faz-se importante esclarecer que ele não possui recordações claras do evento após a colisão. Isso porque, conforme registrado no inquérito policial, por ocasião do acidente, o senhor Eduardo foi ejetado do veículo pelo para-brisa, vindo a sofrer ferimentos lacerantes por todo o seu crânio”, diz a nota enviada pela defesa.

Na ocasião, a defesa também afirmou que é falsa a informação de que Eduardo estava embriagado. O advogado ainda refutou a alegação do MPES de que o veículo estaria em alta velocidade.

“Foram realizadas duas perícias técnicas pela Polícia Científica da Polícia Civil do Espírito Santo, ao passo que nenhuma delas indica a velocidade que se encontrava o veículo no momento da colisão, inclusive, sendo registrado pelo perito criminal, no laudo complementar nº 17.818/2024, ‘não ser possível a realização do cálculo de velocidade aproximada do veículo no momento anterior ao primeiro impacto identificado’”, registra a defesa.

Redação Folha Vitória

Equipe de Jornalismo

Redação Folha Vitória é a assinatura coletiva que representa a equipe de jornalistas, editores e profissionais responsáveis pela produção diária de conteúdo do Folha Vitória. Comprometida com a excelência jornalística, a equipe atua de forma integrada para garantir informações precisas, atualizadas e relevantes, sempre alinhada à missão de informar com ética, democratizar o acesso à informação e fortalecer o diálogo com a comunidade capixaba. O trabalho do grupo reflete o padrão de qualidade da Rede Vitória de Comunicação, consolidando o veículo como referência em jornalismo digital no Espírito Santo.

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