O enfermeiro, de 33 anos, que foi baleado por um sargento da Polícia Militar no último sábado (10), falou com exclusividade com a TV Vitória/Rede Record. Ele recebeu a equipe no quarto onde está internado, em um hospital de Vitória, e contou a sua versão da história. Mas para se preservar, a vítima só aceitou falar sem ser gravado.
A vítima contou que quando parou no semáforo, um indivíduo de camiseta, bermuda e tênis o abordou, mostrando um revólver, e pediu para que ele encostasse o carro. Nesse instante, quando estacionava o veículo, o policial, que ainda não havia se identificado, sacou a arma. A vítima pensou que se tratava de um assalto e então fugiu.
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De acordo com o enfermeiro, o sargento atirou nove vezes. Quando ele percebeu que tinha sido baleado, parou o carro e saiu. Ele pediu ajuda a um casal que passava no momento e foram eles que acionaram o Samu. Um médico que presenciou tudo ainda deu os primeiros socorros e 12 minutos depois ele foi socorrido.
O militar vai responder ao processo em liberdade, porque segundo a Polícia Civil, ele prestou socorro à vítima e se apresentou espontaneamente a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Mas durante a conversa com a TV Vitória, a vítima afirmou que o sargento não acionou o Samu. Além disso, em nenhum momento ele teria se identificado como policial. O enfermeiro afirmou ainda que não houve briga de trânsito.
O incidente aconteceu no último sábado, em Vila Velha, quando o enfermeiro ia para o trabalho. De acordo com testemunhas, o motivo dos disparos teria sido por conta de uma batida. A vítima teria fechado o policial, que acabou batendo em outro veículo. Apesar de ainda sentir dores no local onde foi atingido, o enfermeiro passa bem.
