Engenheiro é preso suspeito de abusar de dois garotos por mais de 10 anos

Um engenheiro de 40 anos foi preso por estupro de vulnerável suspeito de abusar sexualmente de dois meninos, que são primos, por mais de 10 anos. Os crimes ocorreram em Vitória. Um dos garotos era enteado do engenheiro e o outro, um sobrinho de consideração.

Os crimes só foram descobertos porque o pai de uma das vítimas, companheiro do engenheiro, denunciou o caso à polícia, segundo a delegada Sabrina Kiesel Schons, adjunta da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

“O pai de uma das vítimas procurou a DPCA e narrou os supostos abusos que estavam sendo sofridos pelo seu filho e praticados pelo suspeito. Foram duas vítimas do sexo masculino, uma delas enteado do suspeito e outra era primo dessa vítima. Os garotos são primos” , disse a delegada.

Suspeito coagia e silenciava vítimas

De acordo com a delegada, a investigação apontou que os crimes aconteciam em casas que pertenciam à família das vítimas.

Para manter os meninos em silêncio, o engenheiro oferecia presentes, como celulares, brinquedos e outros benefícios.

“Essas fatos ocorreram em ambiente familiar, em casas da família, então é um crime de extrema gravidade. E o suspeito se utilizava dessas violações sexuais em troca de oferecer celulares e outros benefícios”, relatou a delegada.

Os crimes só foram descobertos somente depois que as vítimas completaram 18 anos. E, segundo a delegada, não há qualquer indício de acobertamento por parte da família.

O engenheiro, por ser uma pessoa bem sucedida e trabalhar em boas empresas, não levantava nenhum tipo de suspeita e não tinha passagens pela polícia.

Ele se manteve calado durante interrogatório. Acabou indiciado pelo crime de estupro de vulnerável e o Ministério Público Estadual (MPES) já ofereceu denúncia contra ele.

“Primeiro porque esses abusos começaram quando as vítimas ainda eram crianças, então é muito difícil a criança ter esse discernimento do que é certo ou errado. Então fica esse alerta para prestar atenção em crianças, nos familiares, em pessoas que possam fazer alguma coisa contra essas crianças”, alertou a delegada.

*Com informações da repórter Luciana Leicht, da TV Vitória/Record