A família de Clóvis Brás Júnior, de 34 anos, ainda tenta encontrar respostas para o assassinato do manobrista, morto a tiros ao chegar para trabalhar na empresa Santa Zita, no bairro São Francisco, em Cariacica, na última segunda-feira (9).
O manobrista foi atingido por 16 tiros, na porta da garagem de ônibus. Ele havia acabado de estacionar o carro quando foi alvejado.
A irmã de Clóvis, que não se quis se identificar, conversou com a TV Vitória e relatou que a família ainda convive com o sentimento de irrealidade, e que o irmão foi enterrado no aniversário dela.
Você esperar que alguém morra com doença é uma dor, mas assassinado com 16 tiros, você não espera. Ontem, no meu aniversário, enterrei meu irmão. Vai ser uma lembrança que a gente vai levar para o resto da vida, o dia que minha mãe ficou feliz com o meu nascimento foi o dia que ela teve que enterrar o meu irmão.
Ainda segundo ela, os familiares ainda não têm sequer uma pista do que possa ter motivado o assassinato.
Clóvis não teria contado à família se sofria ameaças ou se tinha desavenças com alguém, o que torna o crime um mistério.
“Em nenhum momento, ele deu indício de que estava correndo algum risco, então resta a dúvida, queremos a resposta para entender. Era alvo de alguém, mas não sabemos por quê, queremos respostas”, disse a irmã.
Hipótese de latrocínio descartada
A princípio, a morte do manobrista foi investigada como latrocínio, roubo seguido de morte, o que foi descartado pela Polícia Civil, uma vez que nenhum pertence de Clóvis foi levado após o assassinato.
Ao chegar ao local de trabalho, Clóvis teria visto o assassino, que já o esperava e tentou fugir, o que alimenta a hipótese de execução, segundo o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.
“A gente descarta a princípio a linha de latrocínio, porque nada foi levado, então a gente está tentando encontrar manchas, câmera. A princípio temos indícios de uma execução”, disse.
Pessoas próximas ao manobrista já foram ouvidas pela polícia. Familiares serão ouvidos nos próximos dias.
*Com informações da repórter Luciana Leicht, da TV Vitória/Record