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ES tem taxa de homicídio mais alta do Sudeste mesmo com queda nos casos

O estudo foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e Fórum Brasileiro de Segurança Pública

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Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

O Espírito Santo registrou a taxa de homicídios registrados para cada 100 mil habitante mais alta, durante o ano de 2023, quando comparado com os outros estados da região Sudeste do Brasil. Os dados foram divulgados no Atlas da Violência.

O estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), buscou retratar a violência no Brasil.

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Segundo o estudo, o Espírito Santo obteve a taxa de 27,7 homicídios registrados por 100 mil habitantes. Com isso, foi apresentada uma estabilidade diante do ano de 2022, quando se obteve a mesma taxa de 27,7 homicídios.

Quando comparado com os outros estados da região Sudeste, os índices encontrados foram:

  • Espírito Santo – 27,7
  • Rio de Janeiro – 24,3
  • Minas Gerais – 12,9
  • São Paulo – 6,4

Queda nos números de homicídios no Estado

Mesmo com as maiores taxas do Sudeste, no ano de 2023, o Estado registrou 1.161 homicídios, com uma taxa de 27,7 por 100 mil habitantes, uma queda significativa em relação ao nível de 10 anos, 2013, quando foram 1.622 mortes e taxa de 43,4.

O Espírito Santo está entre os 11 estados que vêm reduzindo sistematicamente os homicídios há pelo menos oito anos, segundo o estudo, parte desse numero se deve à implementação e inauguração do inaugurou o programa “Estado Presente”, em 2011.

O que é o Atlas da Violência?

O relatório do Atlas, um dos mais completos da área, busca retratar a violência no Brasil principalmente a partir dos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

Esse modo de análise permite ter uma visão mais ampla sobre a violência no País, “desviando” de possíveis subnotificações. Em vez de lançar luz sobre feminicídios registrados, por exemplo, o relatório foca homicídios de mulheres.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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