Duas estelionatárias estão fazendo várias vítimas na Grande Vitória com o velho golpe do cartão. Só em Jacaraípe, na Serra, foram registrados sete casos em seis meses. Uma delas, Adriana Dettmann de Souza, de 40 anos, se apresentava como Patrícia na ação e a outra foi identificada apenas como Rejane.
A ação começa dentro de bancos, onde as mulheres observam quem está sacando dinheiro. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Rosa, elas simulam ter perdido um cartão de crédito e acabam ficando com as bolsas das vítimas em troca de uma recompensa de R$ 50.
“As duas vão até essa terceira pessoa para devolver o cartão e pela bondade e honestidade elas receberiam uma recompensa de R$ 50. Nesse momento, a vítima é convencida a deixar a bolsa com as criminosas enquanto vai buscar essa quantia pela recompensa”, contou o delegado.
Nas imagens, é possível ver Rejane na fila de um banco observando as vítimas que já estão no caixa. No mesmo dia, cinco pessoas tiveram as bolsas levadas de uma vez só. Elas cometiam um crime e fugiam em um carro onde, segundo o delegado, ficam dois comparsas. O veículo foi encontrado abandonado em Vitória, próximo à Ilha das Caieiras, onde Adriana morava até descobri que estava sendo procurada. Ela e a parceira, que vivia em Oriente, Cariacica, ainda não forma localizadas.
Só na mão do delegado, há seis inquéritos contra elas. Todos os casos foram registrados na região de Jacaraípe e Nova Almeida e as vítimas não param de aparecer. Enquanto não são presas, elas seguem cometendo crimes e aplicando os mesmos golpes.
Adriana já tinha um pedido de prisão em aberto contra ela por estelionato, praticado em 1996. Em outubro do ano passado, a TV Vitória denunciou um golpe bem parecido, também cometido por duas mulheres dentro de um supermercado em Cariacica. Segundo o delegado, são as mesmas. “Cada ação diferente vai dar início a um inquérito diferente e por uma condenação diferente. Só aqui na delegacia eles já tem aproximadamente 35 anos de prisão. Não tenho dúvida que são elas nas imagens, inclusive a bolsa que ela utiliza é a mesma que elas utilizaram no golpe em Jacaraípe”, afirma o delegado.
Quem foi vítima das estelionatárias ou sabe o paradeiro das mulheres, deve denunciar.